A mulher Luziane Teófilo, a irmã Fabiana e a prima Priscila receberam atendimento pela Comissão de Direitos Humanos.Divulgação
A irmã Fabiana afirmou que a verdadeira motivação para o crime foi o racismo: “Espero que Durval não seja só mais um. Que legítima defesa é essa?”. A prima Priscila espera uma punição severa para que novos atos de racismo sejam coibidos. “É um grito de chega. Durval não vai cair no esquecimento”, avisou.
Presidente da Comissão de Combate às Discriminações, Minc garantiu apoio à família de Durval, e lamentou o fato de a Marinha não ter se pronunciado. “Não me consta que a Marinha tenha se manifestado. Era um militar da ativa, pago pelo povo para defender a população, não para assassinar o vizinho”, disse o parlamentar.
À frente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, a deputada Dani Monteiro (PSol) destacou a necessidade de políticas públicas de combate ao racismo. “Como comissão, realizamos o atendimento, cuidamos da segurança e damos encaminhamento político. Temos que recolher e acolher o povo. Mas há uma naturalização da depreciação do negro. Destes depoimentos devem surgir políticas públicas, não queremos seguir atendendo famílias, não queremos atender outros Durvais”, comentou.
A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí encerrou o inquérito no último sábado (05/02) e indiciou Aurélio por homicídio doloso, quando há intenção de matar. Advogado da família de Durval e assistente de acusação do Ministério Público estadual (MPRJ), Luiz Carlos de Aguiar Medeiros esteve presente ao atendimento e informou que irá pedir que seja acrescentado ao homicídio doloso a circunstância agravante de motivo torpe ou fútil e que irá solicitar novos depoimentos.
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