Diariamente, mais de 20 bolsas de sangue são usadas em São Gonçalo.Divulgação PMSG - Foto: Luiz Carvalho

O Hemonúcleo de São Gonçalo, no Zé Garoto, recebe, mensalmente, cerca de 800 bolsas de sangue. A quantidade parece grande, mas serve para abastecer todas as unidades da rede pública de saúde da cidade e o estoque sempre está no limite. As campanhas para as doações de sangue são constantes e intensificadas nos dias que marcam o tema. Este mês, o próximo dia 14 é o Dia Mundial do Doador de Sangue e o Hemonúcleo espera receber mais doações do que o costume.
“Somos ligados ao Hemorio, mas temos um estoque próprio para abastecer a cidade. O sangue doado é usado em diversas situações, não somente em acidentes. Pacientes que fazem cirurgia no município também podem precisar de transfusão de sangue, paciente com dengue, entre outros. São diversas as aplicabilidades e é muito importante que tenhamos sempre um estoque alto para continuarmos ajudando as vidas gonçalenses”, disse o diretor do Hemonúcleo de São Gonçalo, Raphael Rangel.
Diariamente, mais de 20 bolsas de sangue são usadas na cidade. E, nem sempre, elas são repostas na mesma proporção. Por isso, a necessidade de conscientização da doação entre a população é muito importante. “O Hemonúcleo necessita, constantemente, de doadores. Antes da doação, os candidatos passam por uma triagem e os funcionários avaliam se a pessoa está ou não apta para a doação. Alguns exames também são realizados”, disse o diretor.
A retirada de cerca de 400 ml de sangue leva poucos minutos e, após a doação, a pessoa pode seguir a vida normalmente. O corpo humano tem cerca de dois litros de sangue e o líquido retirado é reposto em poucos dias, dependendo de cada organismo. “A doação de sangue, além de ajudar ao próximo, de poder salvar vidas, não prejudica de nenhuma forma o doador. Inclusive, pessoas hipertensas e diabéticas podem fazer a doação. As restrições são para pessoas que têm doenças autoimunes e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)”, esclareceu Raphael.
Para fazer a doação é necessário estar em boa condição de saúde; ter entre 16 e 69 anos de idade; pesar, no mínimo, 50 quilos; não ter nenhum processo inflamatório; não ter feito piercing e tatuagem há menos de um ano, não estar gripado, não ter nenhuma doença transmitida pelo sangue; não ter tido hepatite após os 11 anos de idade; não ter evidência clínica ou laboratorial de doenças sexualmente transmissíveis, como hepatite B e C, aids (vírus HIV), doenças ligadas ao vírus HTLV I e II; não ter doença de chagas, não ter tido malária e não pode fazer uso de drogas ilícitas injetáveis.
Não é necessário estar em jejum, apenas evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a ação e não ingerir bebidas alcoólicas 12 horas antes de doar. No caso dos jovens de 16 e 17 anos, é necessária uma autorização dos pais ou responsáveis legais para realizar a doação e deve ser entregue com uma cópia autenticada da identidade do responsável.
Covid-19 – Para a doação, todos os protocolos de segurança são seguidos, sem oferecer nenhum risco ao doador. O gonçalense que teve Covid-19 pode fazer a doação normalmente, desde que já tenham passado 10 dias de cura. O objetivo é evitar a contaminação da doença no ambiente da unidade de saúde. Vale ressaltar que não há confirmação de contaminação do coronavírus por transfusão de sangue.
Endereço – O Hemonúcleo de São Gonçalo funciona na Praça Estephânia de Carvalho, s/nº, anexo ao Polo Sanitário Washington Luiz, no bairro Zé Garoto. O espaço atende de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h. Mais informações e dúvidas podem ser tiradas pelo telefone: 2605-6795.