A posição das empresas foi discutida durante assembleias.Divulgação
“Diante do cenário catastrófico das empresas e da crise em que está mergulhado o setor de transporte público de passageiros, a categoria concordou em acatar essa proposta. Obviamente, assim que for implementado o programa de reequilíbrio econômico nas empresas, a partir de estudos das prefeituras e do Estado, voltaremos a discutir a questão salarial com os patrões”, afirma o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira.
Estudo para mudanças no setor
O Sintronac começa, esta semana, a enviar para as prefeituras da base do sindicato, Estado e órgãos públicos do setor um estudo feito pela entidade sobre mudanças no modelo de transporte público no estado do Rio de Janeiro, contendo 15 propostas para estimular o aumento de ofertas de emprego pelas empresas de ônibus.
As propostas abrangem desde o fim do atual sistema de financiamento do transporte público, feito unicamente através do pagamento de passagens pelo usuário, até a reestruturação da política de Segurança Pública, de modo a fazer com que as pessoas saiam às ruas e usem os ônibus e outros modais de massa. O estudo teve por base medidas adotadas por grandes centros urbanos mundiais, como Paris, Londres e Nova York, além de capitais brasileiras, entre elas São Paulo, Curitiba e Brasília.
“É preciso uma profunda reformulação em todo o cenário urbano para estimular o uso do transporte público. É mais econômico para as pessoas, melhor para o meio-ambiente e para o desenvolvimento dos municípios. Hoje, sabemos que o carro de passeio é o grande vilão das cidades. Ele é o responsável pelos congestionamentos. Em São Paulo, um estudo recente mostrou que apenas um ônibus tira 55 carros das ruas. Então, esse é o caminho para o futuro”, afirma Rubens Oliveira.