Em apoio a catadores e recicladores, Valdecy da Saúde participa de reunião na Alerj
Os trabalhadores estão sofrendo com as medidas da lei nº 9.169/2021 após grande quantidade de fios terem sido furtados e revendidos para ‘ferros-velhos’
Catadores e recicladores da Baixada em reunião com Valdecy da Saúde na Alerj - Divulgação
Catadores e recicladores da Baixada em reunião com Valdecy da Saúde na AlerjDivulgação
O deputado estadual Valdecy da Saúde procura alternativas para diminuir as dificuldades enfrentadas por catadores e recicladores da Baixada Fluminense depois do decreto nº 47752/2021 que regulamenta a lei nº 9.169/2021 em que dispõe sobre a aplicação de medidas administrativas de prevenção e combate ao roubo, furto e receptação de cabos e fios metálicos.
A medida foi tomada depois que grande quantidade de fios foram furtados, inviabilizando a iluminação de tuneis, perda de sinal de antenas e, principalmente, a circulação de trens de passageiros na cidade do rio.
Diante desta medida, uma comissão formada por catadores e recicladores procurou o Deputado solicitando ajuda para que intercedesse, junto à Alerj e ao governo do estado, em favor de alternativas para continuarem trabalhando, já que vários ferros-velhos fecharam as portas na baixada fluminense.
O deputado Valdecy, então, marcou a audiência com o presidente da Alerj, André Ceciliano, realizada ontem (14). Depois de passar à tarde analisando a questão, os deputados se comprometeram, com os representantes, estudar meios de flexibilizar a lei para que não prejudique estes trabalhadores.
Josias Pereira, reciclador há 15 anos em São João de Meriti, recebe latinhas, papelão, plástico e metais em pequenas quantidades. A revenda acontece em um terreno alugado e quando pode faz trabalho social no bairro, como festa para as crianças e distribuição de cestas básicas. Há duas semanas, tendo em vista o cumprimento da Lei, o comércio do meritiense está fechado. Com 2 funcionários e sem alternativa, busca ajuda para poder seguir trabalhando.
"Eu sou trabalhador informal, tenho MEI, quero regularizar a situação, mas as exigências são muitas: pedem obras, coberturas, escoamento de resíduos, coisas que eu tenho poucas condições de fazer, até pelo terreno não ser meu. Aqui na Baixada, centenas de trabalhadores informais fecharam as portas e os catadores não têm para quem vender. Sou honesto e precisamos de ajuda para simplificar estas exigências", disse.
Um novo encontro vai acontecer ainda esta semana na Alerj, com o deputado Valdecy e André Ceciliano, agora com a comissão dos catadores e recicladores e os representantes das empresas que sofrem os furtos.
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