Conforme a denúncia, o plano executado pelo delator e ex-secretário de Saúde Edmar Santos, aponta o empresário Edson Torres como o cabeça financeiro do esquema e, segundo depoimento dele ao MP, a intenção era de superfaturar obras das pequenas cidades para reverter o lucro ao núcleo comandado pelo Pastor Everaldo.
Na denúncia, Torres citou Petrópolis, São João de Mereti, Paracambi, Itaboraí, Magé, São Gonçalo e Saquarema entre as cidades agraciadas pela verba que fizeram “ajuste financeiro”, devolvendo 10% do dinheiro ao grupo.
Em nota oficial, a Secretaria Municipal de Saúde de Saquarema, esclareceu que “a citação do Município de Saquarema na delação indicada na reportagem é absurda, sem nenhum lastro de verdade, não existindo qualquer motivo para tal inclusão.”
Ainda conforme a nota, Saquarema jamais recebeu verba por convênio ou cooperação técnica com relação à pandemia do Covid-19 do Fundo Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, como também qualquer verba relativa ao mencionado FINANSUS.
A Secretaria de Saúde também esclareceu que o único recurso estadual recebido foi para implantação de hospital de campanha (um milhão de reais) que nunca foi utilizado. A verba recebida para o hospital de campanha - que não foi feito -, estaria depositada integralmente em uma conta específica e será devolvida aos cofres estaduais.