Pré-candidatos à Prefeitura de Volta Redonda falam sobre as medidas de combate à covid no município - Divulgação
Pré-candidatos à Prefeitura de Volta Redonda falam sobre as medidas de combate à covid no municípioDivulgação
Por O Dia
Volta Redonda - No município de Volta Redonda, no último sábado, dia 04, a taxa de ocupação dos leitos de UTI ultrapassou o limite de 50% chegando a 62% e por este motivo conforme acordo com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), as atividades econômicas estão suspensas por mais sete dias na cidade.
O prazo começou a vigorar no domingo, dia 05, sendo que os serviços não essenciais já estavam interrompidos há uma semana na cidade com o objetivo de diminuir a circulação do vírus e garantir capacidade de atendimento para a população.
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Diante deste cenário, a reportagem procurou os pré-candidatos à Prefeitura de Volta Redonda e fez os seguintes questionamentos: Como pré-candidato/a qual sua opinião sobre as medidas de combate ao coronavírus realizadas pelo prefeito Samuca Silva? Como encara a questão econômica pós-pandemia, caso seja eleito/a?
Confira abaixo, na íntegra, as respostas enviadas pelos pré-candidatos à Prefeitura de Volta Redonda:
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Alexandre Habibe (PC do B): "Com relação ao combate ao covid, o Prefeito Samuca começou a tomar medidas de distanciamento social no momento correto e estabeleceu medidas em acordo com os conselhos encaminhados pelas representações médico/ científicas. Dessa forma, as medidas surtiram efeito positivo e a curva de contágio foi contida. A partir das pressões de segmentos empresariais e religiosos, houve afrouxamento nas medidas de distanciamento que agora apontam para aumento de casos e internações. Com o atraso de pagamento aos profissionais do Hospital Regional Zilda Arns, o sistema do município está vivendo sobrecarga perigosa e foi necessário restabelecer controle mais efetivo no distanciamento social. Com relação ao papel do hospital de campanha, a iniciativa da construção me pareceu acertada e necessária na medida do desconhecimento da evolução do contágio e dos desdobramentos na Pandemia, mas do ponto de vista da gestão dos recursos não temos informações para opinar."
"A questão econômica pós-pandemia preocupa a todos. Estados e Municípios precisam de reestruturação fiscal/ tributária e principalmente no que concerne a estrutura do custeio e atendimento às demandas básicas. Orçamentos encolheram e prioridades devem ser estabelecidas para garantir cumprimento aos deveres básicos como educação, saúde, segurança e encargos que garantam a normalidade operacional. Volta Redonda hoje apresenta claro desequilíbrio entre receita e despesa com acúmulo de dívida próximo a duas vezes o orçamento anual. Um quadro de dificuldades em todas as áreas deve ser enfrentado com austeridade e muita criatividade com transparência e participação de todas as vertentes sociais”.
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Alex Martins (PSB): "Vou falar não como pré-candidato, mas sim como cidadão voltaredondense. Eu vejo uma preocupação do município, demonstrando medidas para arrochar essa curva que é um desafio muito grande, não só pra Volta Redonda, mas para o mundo. Eu faço uma avaliação de regular para boa, a questão, a forma como está enfrentando isso. Porque existe uma pressão do setor econômico e os serviços essenciais que precisam estar em funcionamento, mas se eu fosse o prefeito, eu concentraria mais. Eu não iria de início, instalar um Hospital de Campanha. Concentraria leitos de UTI no hospital Santa Margarida que ficaria uma estrutura definitiva, porque o Hospital de Campanha é transitório. Iria fazer um estudo de contenção de gastos. Este alto investimento poderia se concentrar em algo que ficasse como patrimônio para cidade. Mas vejo como regular para boa a atuação."
"Quanto a questão econômica vamos falar da economia pública que é a economia de funcionamento da estrutura da prefeitura e seus órgãos. Teve agora uma medida administrativa de contenção de gastos por conta de dívidas que vem de alguns anos, penso que tem que ir além dessa reforma, tem que prestigiar o servidor público, com condições dignas. O poder público tem que ter empatia com o funcionalismo. Nós defendemos a criação por lei, de uma instituição pública do município, que tenha nela por concurso público com bons salários, economistas, contadores e administradores. E ainda Volta Redonda tem que trabalhar numa economia intermunicipal. Convidando as demais prefeituras para realizar uma economia regional."
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Alfredo Peixoto (PSD): "Acho que o prefeito tem pensado na segurança das pessoas. Tem um Hospital de Campanha e aumentou o número de leitos de CTI, ainda tem mais 5 centros de triagem, contudo as pessoas ainda não botaram na cabeça que este vírus é extremante contagioso."
"Quanto a questão econômica não tem fórmula mágica alguma até porque não sabemos o que vai ser o pós-pandemia. Contudo se eleito terei como meta o estímulo a microeconomia, ou seja, consumidores, produtores, proprietários, empresas e trabalhadores terão incentivos à que a economia local volte a girar com incentivos financeiros e fiscais . A administração municipal tem que assumir seu papel de protagonista."
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Antônio Francisco Neto (DEM): "Nessa não vamos responder. Quem deve analisar o atual prefeito é a população. Estou à disposição do jornal para falar de projetos e propostas que tenho para Volta Redonda."
Dayse Penna (Pros): "Em minha opinião aconteceram fatos que contribuíram para gerar insegurança e desconfiança em todos nós em VR: Prefeito escolheu sair às ruas informando que era para a população ficar em casa e usar máscaras, mas não fez o dever de casa com os próprios colaboradores, não exemplificou, tampouco instrumentalizou os servidores públicos para serem os primeiros a cumprir e demonstrar em comportamento a seriedade da orientação dada pelo chefe. Demonstrou fragilidade fazendo decretos autoritários, quando assumiu a postura de salvar vidas a qualquer custo permitindo que houvesse na cidade o dilema entre economia e saúde, condição completamente equivocada, desconsiderando que a própria comunidade poderia colaborar com alternativas. Desconsiderou que as atividades realizadas pelos profissionais da ponta, pela UBSF (Unidade Básica de Saúde da família) e os postos de CRAS com a assistência social, pudessem ser a própria fortaleza do município, gerando a partir da rede de atendimento a orientação adequada à população, fortalecendo segurança e confiança nos protocolos adotados. Gerou instabilidade e estresse na comunidade Educacional e nos métodos adotados, não levando em consideração a diversidade das realidades das famílias e dos próprios profissionais. Ao dificultar que os vereadores fiscalizem as medidas adotadas pelo executivo a partir das explicações das ações feitas pelas secretárias da Saúde e Educação na plenária da Câmara dos vereadores, potencializa o receio das pessoas sobre a utilização indevida dos recursos, já que as mídias apresentam informações de corrupção e dados inconsistentes praticados em nosso estado."
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"Considero que o prefeito eleito terá a possibilidade de fazer suas tomadas de decisão balizadas por diagnósticos e informações advindas de toda a estrutura de prestação de serviços. Isso facilita para que as ações sejam mais assertivas e integradas, observando o equilíbrio entre despesas e receitas. É preciso colocar o indivíduo no centro das decisões, observando todas as suas necessidades. Eu creio que todo problema tem solução!”
Paulo Baltazar (PSD): "Penso que está fazendo o possível. Se pudesse ser feita testagem em massa teríamos outras alternativas para o comércio. Infelizmente o Brasil testa muito pouco e a alternativa que resta é o isolamento."
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"A questão econômica será uma crise grave e duradoura com reflexos forte sobre empregabilidade."
Toninho Oreste (PSC): "Primeiramente é bom lembrar que esse é um momento muito difícil. Ninguém imaginava um momento igual a este. Minha geração, dos meus pais e dos meus filhos não viram nada parecido. Vejo que o pior estar por vir. Sobre o prefeito Samuca, difícil julgar ou analisar, mas o fato que ele tem tomado decisões difíceis, mas que visam salvar as vidas. A pandemia que está gerando a quebradeira de economias no mundo todo e não seria diferente no Brasil. Volta Redonda se mantém com atendimento às pessoas mesmo recebendo pessoas de outras cidades da região. Tenho convicção que ele está fazendo um bom trabalho e se afastando da política, baseando suas ações em pareceres técnicos."
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"Em relação às questões financeiras, o próximo ano vai ser de profundo ajuste e dificuldade. Não sabemos o que vai acontecer. Mas medidas de gestão eficiente e corte de gastos são necessárias para equilibrar as contas públicas. Sinceramente torço pra que o atual governo tome medidas certas para deixar a gestão de forma que viabilize o próximo governo. 2021, caso seja eleito, será de pés no chão e muito trabalho. O próximo governante vai ter que se adaptar a uma nova realidade econômica, fazendo muito com pouco recurso e se reinventar no que se diz um novo tempo após a pandemia."
A reportagem procurou também os pré-candidatos, Cida Diogo (PT), Granato (PTC) e Márcia Cury (PSL), mas até o momento desta publicação, não enviaram suas respostas.