Volta Redonda - Ações conjuntas entre Prefeitura de Volta Redonda e o 22° Grupamento de Bombeiro Militar (GBM) visam promover a redução das queimadas na cidade. A ideia é realizar campanhas de conscientização junto à população já que os dados apontam que a maioria dos incêndios é causada pela ação humana (cerca de 90%).
Segundo o Corpo de Bombeiros de Volta Redonda, o número de incêndios em vegetação cresceu este ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. De março a julho de 2021 foram 71 ocorrências, enquanto este ano, até o momento, o número é de 96, um aumento de 35%. Atear fogo em vegetação é considerado crime ambiental, com pena de três a seis anos de prisão e multa.
Outro detalhe revela que o período de maior incidência ainda nem começou, que é entre final de agosto e início de setembro, meses mais secos do ano. Além de outros fatores que favorecem para a ocorrência de incêndios: ventos fortes, acima de 30 km/h; temperatura acima de 30º C e umidade relativa do ar abaixo de 30%.
Entre as ações já realizadas através da parceria Prefeitura e o 22° GBM estão: o Projeto Bombeiro Mirim que promove diversas instruções e atividades de prevenção aos incêndios florestais o que coopera para a minimizar as ocorrências. Também uma ação social no Dia Mundial do Meio Ambiente, com o Zoológico Municipal, que abordou sobre a prevenção às queimadas e a preservação do meio ambiente junto aos visitantes.
O órgão também tem uma parceria com o Zoológico Municipal para o acolhimento de animais vítimas das chamas. O coordenador do Zoo-VR, Jadiel Teixeira, explica que os animais vítimas de incêndios e resgatados pelos militares em toda a região Sul Fluminense costumam ser levados para o Zoo-VR. No local são tratados e, depois, se possível, ganham a liberdade novamente. Somente no ano passado, oito animais foram tratados no local.
“Nós percebemos que neste ano as queimadas começaram um pouco mais cedo do que o comum, já que o período de maior incidência geralmente é setembro. Quando esses incêndios ocorrem, animais como os roedores e répteis são os que mais sofrem. Nos últimos dias, recebemos uma paca que ficou muito ferida e teve 30% do corpo queimado pelas chamas. Fizemos o tratamento indicado, mas infelizmente ela morreu”, disse Jadiel.
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