
Hoje não é dia de festa no Maracanã, e sim de homenagear Abel Braga. Uma semana após a tragédia, os tricolores se mobilizam para uma noite de carinho ao treinador e a seu filho João Pedro, de 19 anos, morto no último sábado. Paralelo a isso, os torcedores precisarão de paciência para apoiar o Fluminense, que precisa vencer o Atlético-GO às 19h para acabar com o jejum em casa e se afastar da zona de rebaixamento do Brasileiro.
Antes do jogo, a torcida terá papel fundamental. Há o plano de se fazer um mosaico em homenagem a Abel e até mesmo uma música foi idealizada para o treinador. O problema é que, apesar da mobilização feita na internet, a procura por ingressos ainda é aquém da esperada.
Segundo a última parcial divulgada, pouco mais de 11 mil ingressos haviam sido vendidos até o fim da tarde de ontem. Pouco para abraçar um dos profissionais mais identificados do clube.
"Foi uma grata surpresa quando o Abel entrou em campo (na Ilha do Retiro). Todos levantaram e aplaudiram. Foi de arrepiar o carinho dos torcedores do Sport. Esperamos que a torcida do Fluminense possa retribuir tudo o que o Abel ofereceu com títulos e emoções. Certeza de que ela vai abraçar e tentar motivá-lo. É o que ele mais precisa no momento", disse Gustavo Scarpa.
Apesar do carinho por Abel, os torcedores não parecem dispostos a lotar o Maracanã como se esperava. A desilusão se deve ao momento tricolor. Sem vencer como mandante há sete jogos no Brasileiro, o Fluminense está a apenas três pontos da zona de rebaixamento, com uma rodada a menos.
Uma vitória sobre o lanterna hoje é fundamental para diminuir a pressão sobre o grupo e se afastar do perigo. "Sabemos da pressão. É muito ruim, mas vamos tentar essa vitória em casa depois de tanto tempo. A proximidade da zona preocupa um pouco. O ano tem sido difícil por todas as coisas que o clube vem passando. Não queremos que a posição influa na nossa atuação. A experiência do Abel pode nos ajudar nesse momento", completou Scarpa.