
O rebaixamento da Ponte Preta da Série B do Campeonato Brasileiro teve ares dramáticos e um fim violento no Moisés Lucarelli, em Campinas. Apesar de abrir 2 a 0 em 16 minutos de jogo, a Macaca sofreu a virada. Irritada com o resultado, parte da torcida derrubou parte do alambrado e invadiu o campo para tentar agredir os jogadores. Alguns deles procuraram refúgio até mesmo no vestiário da equipe baiana.
A Polícia Militar usou spray de pimenta, cassetetes e balas de borracha para controlar a situação e o estádio foi esvaziado. Após 40 minutos de espera, o árbitro deu o jogo interrompido aos 39 minutos do segundo tempo por encerrado por falta de segurança. Segundo o representante da partida, Aguinaldo Viena, o comando da PM não garantiu a segurança, principalmente por causa de incidentes fora do estádio.
O saldo da batalha foi de sete feridos quatro torcedores e três policiais e quatro presos. A procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) informou que está analisando as imagens e o estádio certamente será interditado.
O jogo teve um lance capital, que mudou seu curso: aos 20 minutos do primeiro tempo, o zagueiro pontepretano Rodrigo foi expulso ao agredir Tréllez de maneira obscena. O jogador saiu de campo criticado pelos próprios companheiros de time e muito xingado pelos torcedores.
"As autoridades têm que sentar à mesa e entender que eles têm peso muito grande nisso. O futebol brasileiro não pode mais viver assim. Falta bom senso, segurança. Não é possível vir a campo, fazer seu trabalho e ter a possibilidade de ser morto dentro de campo, ser pisoteado por uma torcida insatisfeita. Tem que ter mais segurança", disse Vagner Mancini, técnico do Vitória.