21/12/2017 - Especial Natal / Caderno Baixada - Papai Noel radical, em Japeri. Na imagem, o atleta e Papai Noel, Eduardo Limoeiro, costuma chegar de asa delta ou caiaque para presentear as crianças de Japeri, um dos municípios da Baixada Fluminense do Rio de Janeiro. Foto de Alexandre Brum / Agência O Dia - BAIXADA, NATAL, ESPORTE, PAPAI, NOEL, JAPERI, CRIANÇAS, PRESENTES, SOLIDARIEDADE, FESTA, EVENTO,
21/12/2017 - Especial Natal / Caderno Baixada - Papai Noel radical, em Japeri. Na imagem, o atleta e Papai Noel, Eduardo Limoeiro, costuma chegar de asa delta ou caiaque para presentear as crianças de Japeri, um dos municípios da Baixada Fluminense do Rio de Janeiro. Foto de Alexandre Brum / Agência O Dia - BAIXADA, NATAL, ESPORTE, PAPAI, NOEL, JAPERI, CRIANÇAS, PRESENTES, SOLIDARIEDADE, FESTA, EVENTO,Alexandre Brum / Agencia O Dia
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De roupa vermelha, barba e cabelos brancos como as nuvens, e a bordo de seu trenó. Já sabe de quem estamos falando? Sim, é de Papai Noel. Pelo menos é assim que esta figura tão importante do Natal costuma ser. Mas, e se o Bom Velhinho resolvesse inovar com uma careca e chegasse de maneira triunfal, de asa delta ou caiaque? Pois é desta forma que alguns Papais Noéis da Baixada Fluminense resolveram aparecer.
O ator iguaçuano Tiago Costa, 34 anos, há cinco é o Papai Noel para crianças com câncer. Em um momento de empatia com os pequenos, decidiu raspar o cabelo. A ideia deu certo e virou tradição, ganhando a preferência das crianças.
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"Quando eu vi as crianças com câncer, não quis usar a peruca e me igualei a elas. Deu muito certo, foi emocionante. Lembro que, depois da apresentação, elas preferiram tirar foto comigo sem o gorro. Era como se elas estivessem achando alguém igual a elas", lembra.
A missão de ser Papai Noel é marcante para Tiago, que recorda algumas histórias. "O ano passado reencontrei uma menina que tinha visitado em 2015. Ela lembrou de mim e falou: você disse que eu ia melhorar e eu melhorei, está vendo. Isso me desmontou, me impactou. Lidamos com o lúdico das crianças e não podemos pecar em nenhum detalhe. Elas pedem para voltar para casa, pedem carinho e amigos muito mais do que brinquedos. Tenho que segurar a emoção e sorrir para levar alegria e esperança", conta.
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E quando Papai Noel resolve radicalizar? É assim que Eduardo Limoeiro, 36, faz a festa há três anos em Japeri. No Natal Radical, o Bom Velhinho surpreende chegando de caiaque, asa delta ou parapente, dependendo das condições climáticas. "É uma aventura, as crianças ficam eufóricas. É como se estivesse chegando um super-herói. É uma sensação maravilhosa", destaca.
A ideia de introduzir esporte radical na chegada do Papai Noel foi de Afonso Urbieta, 66, idealizador do projeto Remar é Preciso. "Sou apaixonado por esportes radicais e tenho este projeto do caiaque com as crianças. Quando comecei a fazer a festa de Natal eu sabia que tinha que inovar", recorda. A festa acontece todos os anos em Nova Belém, bairro carente de Japeri.
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"Por ser uma região pobre, as crianças também têm uma vida difícil e isso acaba roubando um pouco da fantasia. Quando chego vestido vejo que elas se surpreendem, é como se voltassem a sonhar", afirma Limoeiro.