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Rio - Deus quer sempre estar conosco. Sim, em todos os lugares: na vida cotidiana, no trabalho rotineiro, na educação esperançosa dos filhos, no meio dos nossos anseios, na intimidade do lar e no ruído ensurdecedor do dia a dia.

Às vezes as situações de sofrimento e injustiça que se repetem podem suscitar em nós a tentação de fugir, de nos escondermos, e não querer encontrar com Deus. E razões não nos faltam. Principalmente quando constatamos tantas injustiças sociais. E, ao ver estes sofrimentos perto de nós em lugares que poderiam ser de encontro e solidariedade, de alegria, surge uma vontade de fugir para a indiferença.

De acordo com o Papa emérito Bento XVI, a grandeza da humanidade determina-se essencialmente na sua relação com o sofrimento e com quem sofre. Uma sociedade que não consegue aceitar os que sofrem e não é capaz de contribuir, mediante a compaixão, para fazer com que o sofrimento seja compartilhado e assumido mesmo interiormente, é uma sociedade cruel e desumana.

Jesus chamou seus discípulos a viverem, no hoje da história, algo que tem sabor a eternidade: o amor a Deus e ao próximo. Jesus continua, hoje como ontem, a bater às portas, a bater aos corações para reacender a esperança e os anseios: que a degradação seja superada pela fraternidade, a injustiça vencida pela solidariedade e a violência revertida em paz. Jesus continua a nos chamar para curar a esperança ferida e renovar nosso olhar.

Deus não se cansa nem se cansará de andar para chegar junto dos seus filhos, junto de cada um de nós. Mas como enfrentaremos o futuro, se nos falta unidade? Como chegará Jesus a tantos lugares, se faltam ousadas e válidas testemunhas?

O Senhor nos chama a ser seu discípulo missionário, tornando-se assim parte desse grande sussurro que quer continuar a ressoar nos mais variados ângulos da nossa vida: alegra-te, o Senhor está contigo!

 

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