Diego Souza comemora o seu gol - Nelson Perez/ Fluminense F.C. / Divulgação
Diego Souza comemora o seu golNelson Perez/ Fluminense F.C. / Divulgação
Por HUGO PERRUSO

A venda de Diego Souza, do Sport para o São Paulo, poderia render um bom reforço ao combalido cofre do Fluminense, mas acabou se transformando em uma grande dor de cabeça. Em vez de receber R$ 5 milhões referentes a 50% dos direitos econômicos do jogador, o Tricolor corre o risco de ficar com apenas R$ 1 milhão.

Ao negociar Diego Souza com o Sport, em 2016, o Fluminense passou a ter direito a 50% de uma venda futura, com multa rescisória de R$ 3,2 milhões. Entretanto, no fim do ano passado, a diretoria tricolor foi aconselhada a abrir mão desta cláusula porque dificilmente o jogador seria vendido por esse valor e, se continuasse tentando, corria o risco de ele não ser vendido até o fim do contrato, em dezembro de 2018.

Pesou na decisão a preocupação em não receber nada por Diego Souza, já que em junho ele já poderia assinar um pré-contrato e sair de graça no fim do ano. Por isso, o Fluminense acordou receber apenas R$ 1 milhão por futura venda.

O problema é que, pouco tempo depois, a diretoria tricolor se surpreendeu com a notícia da venda de Diego Souza ao São Paulo por R$ 10 milhões. Como teria direito a R$ 5 milhões, o Fluminense agora quer lutar pelo seu direito a ter 50% da venda e não pretende aceitar apenas R$ 1 milhão. Para completar, o Sport ainda deve parcelas pela compra ao clube carioca.

Em nota nesta terça-feira, o Fluminense confirmou que lhe foi oferecido R$ 1 milhão antes da negociação de Diego Souza com o São Paulo, mas negou ter desistido dos 50% dos direitos econômicos do jogador. O Tricolor também disse que notificou o Sport para receber os R$ 5 milhões a que tem direito. A diretoria não quer receber apenas R$ 1 milhão que foi convencida a aceitar no fim do ano passado e agora não descarta ir à justiça buscar por seu direito.

Segue a nota oficial do Fluminense:

CASO DIEGO SOUZA: O Fluminense é detentor dos 50% dos direitos econômicos do meia Diego Souza e já notificou o Sport de que só aceita receber o valor que lhe é de direito da negociação do jogador com o São Paulo. O Tricolor nunca abriu mão de percentual algum do atleta e fará valer o que está no contrato firmado em março de 2016, quando Diego Souza acertou a volta a Recife. Sobre o que foi veiculado na manhã desta terça-feira, o pagamento de R$ 1 milhão foi sugerido antes do início desta negociação. O contrato é claro e estabelece formalidades que foram ignoradas pelo clube pernambucano.

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