Rio - Os policiais que atenderam o pedreiro Fernando de Oliveira Filho, 42 anos, na 45ª DP (Complexo do Alemão) não tiveram a intenção de matá-lo. A conclusão é do delegado Fábio Cardoso, titular da Divisão de Homicídios (DH), após a reprodução simulada do crime, feita na segunda-feira. O laudo da perícia sai em 30 dias.
Segundo Cardoso, cerca de 20 testemunhas foram ouvidas antes da reprodução. Ainda de acordo com o delegado, as investigações apontam que Fernando entrou na delegacia pedindo ajuda e afirmando que bandidos queriam matá-lo. "Ele pediu ajuda aos policiais e chegou a ligar para o irmão. Em seguida, ele se escondeu em uma sala da DP, debaixo de uma pia. Os policiais tentaram tirá-lo, mas não conseguiram e pediram a ajuda de agentes da UPP que também não conseguiram removê-lo", disse.
"O irmão e a mulher dele foram chamados para tentar acalmá-lo, mas também não tiveram sucesso. De tanto se debater, Fernando acabou desmaiando e foi socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Alemão", contou Fábio.
O pedreiro já chegou sem pulso na unidade. No atestado de óbito consta que a morte foi causada por trauma torácico e asfixia em consequência de ação contundente. "Já sabemos que os policiais não tiveram a intenção de matá-lo. Com o resultado da reprodução, vamos descobrir se algum agente exagerou no uso da força ao tentar contê-lo", declarou o delegado.
