Rio - Os moradores do Jacarezinho voltaram a relatar intenso tiroteio na comunidade, na manhã desta quarta-feira, um dia após da megaoperação da Polícia Civil que deixou três suspeitos mortos. Nas redes sociais, eles dizem que a troca de tiros ocorre nas localidades conhecidas como Síria, Rei do Gado e Largo do Zé do Pato.
Até o momento, a PM e a Civil não informaram se há nova operação na comunidade. Ainda não há registros de feridos e presos no local.
Rotina de medo do Jacarezinho à Rocinha
Seis pessoas foram mortas, entre elas um tenente da PM, e um morador ficou ferido durante operações policiais realizadas em comunidades das zonas Norte e Sul da cidade para reprimir o tráfico de drogas, nesta terça-feira. Os confrontos ocorreram um dia após o governador Luiz Fernando Pezão receber lideranças comunitárias das favelas da Rocinha no Palácio Guanabara e prometer manter aberto um canal de diálogo, além de dizer que no estado "se mata PM como se mata galinha". No encontro, Pezão pediu a colaboração dos moradores e prometeu que iria pedir à cúpula da segurança abordagens com mais inteligência, para evitar guerra.
A rotina de terror dos moradores no Jacarezinho prosseguiu ontem. Em mais uma operação, que mobilizou 300 agentes, três suspeitos foram mortos e 12 pessoas, presas. De acordo com a Polícia Civil, as vítimas foram socorridas e encaminhadas ao Hospital Federal de Bonsucesso, mas não resistiram. Três pistolas e drogas foram apreendidas. O objetivo era cumprir mandados de prisão contra envolvidos no tráfico de drogas e nos homicídios do delegado Fábio Monteiro, no dia 12, e do policial civil Bruno Guimarães Buhler, ano passado.