Luiz Fernando Pezão - Valter Campanato / Agência Brasil
Luiz Fernando PezãoValter Campanato / Agência Brasil
Por O Dia

Rio - O Ministério Público Federal (MPF) investiga se o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), cometeu crime na nomeação de conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A informação foi confirmada nesta quarta-feira. O órgão informou que pediu ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) que o processo da Operação Cadeia Velha reúna partes dos autos enviados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A Cadeia Velha apura crimes na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Na ação, os deputados do PMDB Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Melo foram presos no fim do ano passado. De acordo com o MPF, os conselheiros substitutos Andrea Siqueira Martins, Rodrigo Melo do Nascimento e Marcelo Verdini Maia disseram que não eram responsáveis pelo documento no qual teriam desistido de uma vaga no tribunal. A carta teria sido escrita por Albertassi.

Em depoimento ao órgão, Marcelo e Rodrigo afirmaram que nunca desistiram da vaga, que antes era ocupada por Jona Lopes Júnior, mas teriam sido obrigados a assiná-la por não terem apoio na Alerj. Albertassi ocupava a liderança do governo na Casa até o momento de sua prisão.

Para o MPF, os depoimentos dos conselheiros substitutos devem ser analisados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), "que atua junto aos tribunais superiores em inquéritos e ações relativas a autoridades com prerrogativa de foro nessas instâncias". "Verdini e Melo acrescentaram que nunca desistiram da vaga, mas se viram obrigados a assinar o documento por não terem como alcançar o cargo sem o apoio político da Alerj", reforçou, em nota.

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