Ex-presidente do COB, Nuzman, foi preso - Saulo Cruz/Exemplus/COB
Ex-presidente do COB, Nuzman, foi presoSaulo Cruz/Exemplus/COB
Por ESTADÃO CONTEÚDO

Rio - Após uma reunião realizada neste sábado em Pyeongchang, na Coreia do Sul, o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou o fim da suspensão do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e restabeleceu a entidade dentro da família olímpica. Isto também significa que a entidade brasileira voltará a receber subsídios do órgão internacional.

"Estamos muito felizes com a decisão do COI. É um reconhecimento ao trabalho e ao esforço que o Comitê Olímpico do Brasil vem fazendo ao longo dos últimos três meses, pautados na austeridade, meritocracia e transparência e em conformidade com a Agenda 2020 do COI. Estamos certos de que com seu novo estatuto, o COB é hoje um exemplo de boa governança para entidades esportivas do mundo todo. Vamos continuar trabalhando firmemente para ratificar esse compromisso com uma gestão moderna do esporte", celebrou o presidente do COB, Paulo Wanderley.

Em outubro de 2017, diante da prisão do ex-presidente do COB, Carlos Nuzman, e da investigação sobre a compra de votos para a realização dos Jogos do Rio, em 2016, o COI optou por cortar todas as relações com o movimento olímpico nacional e suspender o COB.

A condição para que a entidade brasileira fosse readmitida era uma ampla reforma e uma mudança de sua liderança. Para o COI, essa reforma deu provas de estar ocorrendo e, por isso, o COB foi aceito de volta no movimento olímpico.

"O processo de revisão do estatuto do COB e sua governança interna foi finalizado com a coordenação do COI, para garantir que a Carta Olímpica fosse integralmente aplicada", afirmou o COI, em comunicado.

O "novo COB", segundo o COI, conseguiu aprovar suas novas leis em novembro. Elas entraram em vigor um mês depois. Além das reformas, um auditor independente foi nomeado para fiscalizar as contas da entidade brasileira e avaliar os pagamentos realizados entre 2008 e 2010.

Teriam sido nesses anos que os pagamentos das supostas propinas foram pagas. Nos Estados Unidos, Brasil e França, os dirigente continuam sendo investigados por corrupção.

Segundo o auditor, porém, não houve qualquer indicação de que o COB, como entidade, esteve envolvido em irregularidades que "continuam sendo investigadas pelo Ministério Publico contra Nuzman".

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