Rio - Preso desde abril, Sérgio Côrtes saiu da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte, nesta quinta-feira. O ex-secretário de Saúde do governo de Sérgio Cabral foi liberado após decisão do ministro do Supremo do Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
De acordo com Gilmar Mendes, a manutenção de Côrtes na cadeia não se justifica, pois a prisão preventiva não atendeu requisitos previstos no Código de Processo Penal. O ex-secretário terá que cumprir algumas medidas cautelares, como a proibição de manter contato com os demais investigados, a proibição de deixar o país — devendo entregar seu passaporte em até 48 horas — e o recolhimento domiciliar no período noturno e nos fins de semana e feriados.
Sérgio Cortes foi preso durante a operação Fatura Exposta, um dos desdobramentos da Lava Jato no Rio. Ele é investigado por corrupção por fraudes em licitações para o fornecimento de próteses para o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). De acordo com as investigações do Ministério Público Federal (MPF), os investigadores afirmam que, entre 2006 e 2017, os desvios chegaram a R$ 300 milhões.
Na mesma ação foi preso os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita, com base em delação premiada de César Romero, que trabalhou com Côrtes no Into e foi seu secretário executivo na Saúde. As investigações apontaram que o ex-diretor do Into teria favorecido a empresa Oscar Iskin, que tinha Miguel como sócio, nas licitações para o instituto.