Os motoristas tiveram que ter muita paciência para chegar ao Centro de Angra na manhã desta segunda-feira (13)Foto: Divulgação

Os trabalhadores do setor turístico de Angra dos Reis realizaram uma manifestação na manhã desta segunda-feira (13) fechando a Avenida Ayrton Senna, principal via de chegada ao Centro da cidade. Por volta de 8h os primeiros manifestantes começaram a se concentrar e foram para o meio da pista, impedindo a passagem de veículos.
Em pouco tempo um grande engarrafamento foi formado deixando os motoristas bastante irritados. A opção para quem se dirigia ao Centro da cidade foi acessar a estrada João Gregório Galindo, a segunda principal via de chegada ao município. Porém, mesmo com a atuação de guardas de trânsito, os motoristas tiveram que ter muita paciência para chegar aos seus destinos.

Por volta de 9h20 um carro blindado da PM, o conhecido caveirão, conseguiu liberar a Avenida Ayrton Senna e os manifestantes se dirigiram para a Fundação da Turismo de Angra dos Reis (TurisAngra) na tentativa de conversar com seu presidente, Fernando Seabra.

Entenda o caso

Na última quinta-feira (9) a Câmara Municipal de Angra dos Reis aprovou em primeira votação um reajuste de 350% no valor da taxa de acesso dos ônibus de turismo ao município. Há seis anos essa taxa não sofre reajuste e com a nova lei o valor passará de R$ 200 para R$ 900 por ônibus de turismo.
A segunda votação na Câmara está prevista para amanhã, terça-feira (14). Segundo o presidente da TurisAngra, Fernando Seabra, o fluxo de turistas que passam o dia na cidade (Day Use) tem crescido muito devido ao baixo valor da taxa e a nova tarifa não chegaria a R$ 20 por pessoa embarcada.

- Os trabalhadores do setor turísticos precisam entender que com a nova taxa eles passaram a ganhar mais trabalhando menos. Essa decisão não foi tomada unilateralmente e diversos setores do Turismo foram ouvidos – disse Seabra.

Apesar das explicações da TurisAngra, as empresas de passeios náuticos afirmam que o aumento vai penalizar o setor e gerar demissões. Elas propõem um aumento gradativo até que atingir o novo valor proposto.
Uma nova manifestação deve ser realizada amanhã durante a sessão plenária da Câmara que começa às 9h.