Simulado do Plano de Emergência das usinas de Angra I e II.Divulgação

Angra dos Reis – Mais de 50 instituições das esferas municipal, estadual e federal, estiveram nesta quinta-feira,27, testando o plano parcial de emergência nuclear, que tem por objetivo treinar todas as ações de emergências, em caso de um eventual acidente radioativo no complexo nuclear em Itaorna. O plano teve como ponto principal as chuvas de abril deste ano, quando o volume de água, inesperado, causou a queda de barreiras bloqueando totalmente a rodovia Rio-Santos. Fato que inviabiliza qualquer plano de emergência, por dificultar a remoção por terra da população, pelas equipes de socorro, em um eventual acidente nas usinas.
Segundo o coordenador do Centro de Emergência Nuclear, tenente-coronel, Valério Januso dos Santos, o exercício é planejado com um ano de antecedência. “Nós temos a ideia do que pode acontecer e precisam ser testadas, neste ano foi baseado nas chuvas de abril, que trouxeram dificuldades para nossa equipe de socorro e isso, nós estamos testando agora. Caso ocorresse um acidente na usina, com chuvas como a de abril, Quais seriam nossas atitudes como as pessoas ali responderiam?” – explicou o coordenador.
O simulado além de Identificar e ajustar possíveis falhas técnicas que possam surgir, ele testa também a capacidade de comando controle e coordenação das organizações envolvidas no plano de emergência. O gabinete de Segurança da Presidência da República é quem cria e elava os níveis das dificuldades que são testadas nesses simulados e que podem vir a ser enfrentadas.
 
Instituições envolvidas no plano de Emergência testam eventuais situações que possam ocorrer nas usinas de Angra. - Divulgação
Instituições envolvidas no plano de Emergência testam eventuais situações que possam ocorrer nas usinas de Angra.Divulgação
“Todos os cenários serão avaliados, e vão propiciar construirmos o cenário do exercício geral do próximo ano” – afirmou Marcelo da Silva Gomes – secretário de coordenação de Sistemas e de Segurança Institucional da Presidência da República.
O exercício Geral sempre acontece nos anos ímpares e mobiliza, além das instituições, todos os equipamentos de socorro, por terra, céu e mar, além da participação da população, em uma situação real de evacuação.
“É nossa obrigação estarmos prontos com capacidade de resposta a esses atores, em caso de uma eventualidade que nós esperamos e confiamos que não vai acontecer, e sim, garantir que as equipes trabalhem com êxito, caso todas as barreiras de segurança sejam quebradas” – disse Ricardo Fraga Gutterrres – diretor de rádio proteção de segurança nuclear da Comissão Nacional.
Entre os presentes estavam representantes da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), da diretoria da Eletronuclear, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, da Defesa Civil do estado do Rio de Janeiro, da Marinha do Brasil, da Secretaria Municipal de Defesa Civil de Angra e IBAMA. O exercício começou nessa terça-feira, 25 e terminou nesta quinta- feira, 27.
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