Por lucas.cardoso

Rio - Mesmo em meio à crise econômica, alguns setores seguem aquecidos. É o caso do mercado de carros seminovos. Levantamento da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto) aponta aumento de 24% nas vendas no ano passado, em comparação com 2015. E a procura por usados segue em alta. Mas para fechar um bom negócio e evitar dor de cabeça, é preciso estar atento. Em transmissão ao vivo pelo Facebook do, Maurício Augusto, diretor do departamento de seminovos da Real Veículos, de Itaguaí, concessionária que atua há dez anos no segmento, deu uma série de orientações.

A filial de Itaguaí do Grupo Real comemora 10 anos com modelos Volkswagen e seminovos diversosLeandro Eiró / Agência O Dia

A primeira questão a ser observada é a imagem da loja. “É importante escolher um estabelecimento com idoneidade, tradição e credibilidade no mercado”, diz. É preciso verificar se os usados estão em condições regulares de uso, mecânicas e legais. “Na Real Veículos, oferecemos em nosso departamento de seminovos somente carros revisados. São mais de 56 itens analisados, com garantia, nota fiscal e com o detalhe da perícia. Uma empresa especializada ainda levanta todo o histórico dos modelos que são oferecidos na troca. Aquele que não tem boa procedência, eu nem compro do cliente”, ensina Augusto.

Para o cliente que quer oferecer seu carro na troca por um novo ou até mesmo por um outro seminovo, o diretor é categórico no que diz respeito às chances do produto obter boa avaliação. “É uma questão simples. Será bem pago o carro que for bem cuidado. Não tem segredo. Lido com isso todos os dias, quem cuidou direito do veículo, respeitou as recomendações do manual, as manutenções preventivas, terá uma ótima avaliação aqui conosco”, explica ele.

Maurício Augusto enumera alguns cuidados básicos para aumentar a vida útil do veículo e obter valor mais alto na revenda. Calibrar os pneus regularmente, obedecer o prazo das trocas de óleo e filtros, não fumar dentro do carro, lavar e aspirar o automóvel, e, eventualmente, providenciar polimento da pintura, além de fazer higienização interior, entre outras medidas. “É obvio que eu não pago o preço final nos carros, mas um ótimo valor para que o negócio seja feito. Aqui, 95% das avaliações propostas são aprovadas e o usado entra na troca”, pondera o diretor.

VANTAGENS

Maurício Augusto é taxativo ao citar as vantagens de comprar um seminovo. Ele ressalta que a economia é a principal delas, uma vez que é possível adquirir um veículo em boas condições de uso e que já é entregue ao novo dono com o IPVA e o emplacamento pagos. O diretor também atenta para a possibilidade de ter um carro mais sofisticado. “Para quem pode pagar entre R$ 40 e R$ 50 mil em um carro, no lugar do zero quilômetro básico, é possível levar um modelo mais completo, potente e confortável, bem conservado e em boas condições de uso”, observa. Sobre a questão da quilometragem, o especialista sinaliza que o importante é o automóvel ter a manutenção em dia. “Diante das revisões e reparos que fazemos, conseguimos vender carros de 80 mil a 100 mil quilômetros, que não apresentam problema algum”, esclarece.

NOME LIMPO GARANTE CARRO

Para quem deseja financiar um seminovo, a Real trabalha com diversas operadoras de crédito. “As condições ficam mais fáceis à medida que o cliente tiver um bom ‘score’ na praça. É possível até conseguir opções sem entrada”, destaca ele. O ‘score’ nada mais é do que uma avaliação de histórico do cliente com operações de crédito, além de avaliações de renda, entre outros itens.

Sobre as taxas de juros no financiamento, é possível até obter taxa zero, como acontece com os veículos novos. “Se o carro do cliente for pouco usado, bem conservado, com manutenções em dia, eu posso dar taxa zero. A taxa, aliás, varia de acordo com a depreciação do modelo’, esclarece.

Você pode gostar