Evento foi promovido pelo Coletivo Povos de Terreiro, com apoio da Fundação CulturaFelipe Vieira/CCS PMBM
Com uma programação variada, com palestras, danças de orixás, culinária e artesanato, o evento reuniu diversas lideranças de casas de religiões de matrizes africanas, entre elas, Iza Katumofèfè, Tata N’kissi Gardel D’Obaluaye, Tata N’kissi, Sérgio Costa Kayasindè, Mejitó Márcia do Sakpat, Tata Luazemi, Roberto Braga, Abrahão Uejia Pajeú, Joanna de Ngelis, Arthur Baptista, Ana Paula Cerqueira Fernandes e a convidada de honra e professora da UFRRJ, Darci da Penha Pereira. O tema principal do debate foi o combate à intolerância religiosa. Também estiveram presentes a vereadora Rayane Braga e o representante da Cultura Afro no Conselho Municipal de Cultura, Helbson de Ávila.
De acordo com o presidente da Fundação Cultura, Marcelo Bravo, foi um momento festivo, harmonioso e de comunhão. “Na oportunidade, confirmamos que Barra Mansa é uma cidade antirracista, acolhedora e que respeita a diversidade e a plural constituição das religiosidades”.
Ainda segundo Bravo, outra finalidade do evento é mapear as casas de matrizes africanas existentes no município, estimada em 300 unidades. “Muitas delas carecem de institucionalização, regulamentação e de reconhecimento de alguns direitos, como por exemplo, a isenção de IPTU”.
Também foi criado a cadeira de Cultura Afro no Conselho Municipal de Cultura e o Prêmio Cultura Afro. Essas medidas foram concretizadas pelo fato de Barra Mansa abrigar cerca de 300 líderes que conduzem as práticas de religiões de matrizes africanas, como roças, terreiros, casas e centros de Umbanda e Candomblé.
O município avançou com as políticas de igualdade racial, neste ano se tornou signatária do Pacto de Combate ao Racismo e Promoção da Igualdade Racial e criou o Prêmio Griôs das Matrizes Africanas de Barra Mansa e o Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha é celebrado.
O I Fórum de Religiões de Matrizes Africanas, organizado pelo Coletivo Povos de Terreiro, composto principalmente pelas lideranças das casas Abassá d’Obaluayê e Inzo Ndandalumy, servirá como um canal de diálogo da diversidade religiosa na cidade e propõe estabelecer um espaço permanente na agenda governamental.
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