Hospital São José OperárioDivulgação
O profissional nega as alegações e a Prefeitura informou que os dois vínculos contratuais são um para cada dia como plantonista socorrista (sextas-feiras e domingos) no Hospital Municipal São José Operário. As respostas estão disponível no fim desta matéria.
No entanto, o vereador Roberto Jesus (sem partido), após a divulgação do assunto na sexta-feira (9), esteve na unidade neste domingo (11) e foi informado de que o médico não estava lá, nem nunca foi visto no hospital. Inclusive, afirmaram que ele trabalha no hospital dele.
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Com os descontos, o valor é de R$15.545,37, acima do teto, já que o prefeito, José Bonifácio (PDT), recebe R$13.440,00 de salário bruto e R$10.613,36 de líquido.
Foi apurado que diversos outros médicos socorristas contratados têm duas matrículas na Prefeitura, alguns, inclusive, com dois salários brutos de R$17 mil. No entanto, a denúncia recebida sobre funcionários fantasmas foi nominal.
A Prefeitura de Cabo Frio foi questionada pela reportagem se o médico é plantonista e, caso seja, onde ele dá plantão. Também perguntamos se procede que ele tenha duas portarias e o valor salarial.
Em nota, a Prefeitura de Cabo Frio esclareceu que o médico socorrista Flávio de Carvalho Silva não possui portaria no município. O servidor em questão tem dois vínculos contratuais, um para cada dia como plantonista socorrista (sextas-feiras e domingos), no Hospital Municipal São José Operário, unidade de suporte para o Corpo de Bombeiros e acidentados.
“Os vínculos contratuais têm vencimentos de R$ 9.500,00 e R$ 11.000,00. A responsabilidade do plantão do funcionário destacado fica a cargo da Secretaria-Adjunta de Atenção à Saúde”, disse a nota.
O Dia recebeu a informação de que esse médico não aparece para trabalhar nem nas sextas e nem nos domingos e que, às sextas, inclusive, ele estaria operando cirurgias eletivas no Santa Izabel. Também fomos informados que o São José Operário nunca teve plantonista da ortopedia.
A Comunicação da Prefeitura foi questionada sobre o assunto e informou que apenas deve conseguir um posicionamento na segunda (12), porque devem olhar documentos e, no fim de semana, a secretaria não está aberta.
A reportagem perguntou ao médico por mensagem de texto se são verdadeiras as informações aqui publicadas, o salário e onde o profissional atua. Ele também foi questionado por outras denúncias envolvendo prestações de serviços de sua empresa à Prefeitura.
Sem responder sequer em que unidade ele cumpria expediente, a defesa afirmou que ele “nega todas as denúncias e se dispõe a esclarecer as acusações”.
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