Clientes organizam manifestação pedindo prisão de Mirelis Zerpa, esposa do ‘Faraó dos Bitcoins’Sabrina Sá (RC24h)
Motivados pela justificativa “decisão judicial a gente cumpre”, dada pela empresa para não devolver o dinheiro aportado em contrato, o protesto pede que a decisão judicial da prisão de Mirelis também seja cumprida. O encontro está marcado para acontecer na frente da sede do Consulado Geral dos Estados Unidos da América, na capital do Rio de Janeiro, na próxima quinta-feira (15), às 14h. O local foi escolhido porque, de acordo com documentos comprovados, a esposa do “faraó” está foragida nos Estados Unidos.
De acordo com o advogado Jeferson Brandão, que se diz “Defensor dos clientes da Cripto Economia” e recentemente escreveu um livro sobra o caso G.A.S., a venezuelana é “totalmente responsável pela solução desse problema, quiçá se ela não for a grande líder, a cabeça”.
A polícia descobriu que Mirelis emitia ordens para compra e venda de bitcoins em uma corretora autorizada, o que comprova, para a polícia, que ela atuou de maneira ativa no sistema. No ano passado, logo após seu marido ter sido preso, ela sacou o equivalente a pouco mais de R$ 1 bilhão em criptomoedas. Após o saque bilionário, ela usou as redes sociais para avisar aos clientes que não tinha dinheiro para indenizá-los. Ela gravou alguns vídeos e publicou no YouTube. O primeiro, no dia 4 de julho, em tom de desabafo, ela se pronunciou pela primeira vez após o início da operação Kryptos. Além de ser formalmente sócia da GAS, Mirelis é apontada, em diversas ações movidas por clientes da GAS na esfera cível, como uma das idealizadoras do esquema.
O advogado, que também foi lesado pela empresa, levantou a possibilidade de Mirelis ter fugido de forma premeditada para o México logo depois que a Polícia Federal apreendeu cerca de R$ 7 milhões, dinheiro fruto de negociações em criptomoedas, em um helicóptero em Búzios.
Recentemente, a defesa da venezuelana pediu à Justiça Federal que ela pudesse cumprir nos Estados Unidos as medidas cautelares determinadas judicialmente, inclusive entregar seu passaporte à Justiça, não sair de casa das 16h às 6h, exceto em casos de emergência, e não acessar a internet e interagir em redes sociais.
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