Na sessão do dia 15 de fevereiro houve tumulto, com troca de acusações, e a votação foi suspensa Foto/Divulgação

Campos - A eleição que não terminou, da Mesa Executiva da Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes (RJ), para o biênio 2023/2024, realizada no dia 15 de fevereiro – com desdobramentos nos dias 22 e 23 - continua sem solução. A pauta está trancada pelos vereadores de oposição, que ameaçam suspender o “boicote” somente depois que o presidente, Fábio Ribeiro (PSD), revogar a anulação da sessão que elegeu Marquinho Bacellar (SD) para sucedê-lo.
O caso é marcado por trocas de acusações, agressões verbais e até denúncia de que a ata da sessão que deu origem à confusão teria sido fraudada. Já há registros na 134 Delegacia de Polícia; enquanto um grupo de 12 oposicionistas acusa a presidência de “abuso de autoridade”, esta aponta as suspeitas de fraude.
A reportagem tentou contato com Fábio Ribeiro, que não retornou às ligações; no entanto, uma fonte do Legislativo informou que ele teria passado a manhã desta segunda-feira (7) na delegacia, “provavelmente registrando as suspeitas”.
Segundo o presidente já havia afirmado, “a tal ata, inclusive, teria sido registrada em um cartório da cidade”.
Marquinho Bacellar não se rende e diz, segundo postagens nas redes sociais, que irá às últimas conseqüências, para que prevaleça o resultado a ele favorável; até já anunciou possíveis nomes para os demais cargos. Ele atribui o desentendimento a “desespero dos governistas, que apostavam na reeleição de Fábio Ribeiro”.
Por outro lado, o presidente afirma que apenas cumpre o que a lei determina e informa ter aberto sindicância para apurar suspeitas de que alguns vereadores teriam falsificado ata da sessão da Câmara que apontou resultado favorável a Bacellar, por 13 a 12 votos. Ribeiro garante que “nenhuma decisão está sendo tomada sem parecer da Procuradoria”.