Professora aposentada Lourdes Julião desabafa que "é uma vergonha o que acontece na Câmara" Foto/Divulgação

Campos - A situação na Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes (RJ) continua em “clima de guerra”, entre integrantes da situação e da oposição. A causa principal é a mesma de há cerca de um mês: eleição para a próxima Executiva, na qual o oposicionista Marquinho Bacellar obteve 13 votos contra 12 do atual presidente, Fábio Ribeiro, porém um dos votos não teria sido declarado, gerando a anulação do pleito e muita confusão.
A oposição contesta, pressiona não comparecendo ao plenário e até ingressou na Justiça, com pedido de liminar, tentando reverter a posição da presidência da Casa, que alega ter agido de acordo com parecer da Procuradoria Geral do Legislativo; mas o Juiz Leonardo Cajueiro, da 3ª Vara Cível de Campos, decidiu pela manutenção da invalidade do pleito.
Fábio Ribeiro afirma que a estratégia da oposição – que acusa estar sendo vítima de “uma armação da situação” – prejudica a votação de projetos importantes, de interesse público, “porque a ausência dos vereadores provoca a não realização das sessões, por falta de quorum”.
Nesta quarta-feira (23), por exemplo, dos 25 vereadores, somente os 12 da base governista compareceram. Com isso, projeto da equiparação do salário dos professores da rede municipal com o piso do magistério nacional, aguardado com grande expectativa, não pode ser votado e gerou revolta em várias pessoas que aguardavam na platéia.
Uma das revoltadas foi a professora aposentada Lourdes Julião Soares; ela cobrou a presença dos vereadores de oposição, desabafando que a categoria está sendo prejudicada: “é uma covardia o que estão fazendo conosco, isso é uma vergonha, é uma vergomha o que acontece na nossa Câmara Municipal”, reclamou. A pauta também previa votação da reforma da Previdência e a cessão de um terreno para a Associação de Pais de Pessoas Especiais (Apape).