Sílvia Teixeira afirma que não aceita perder alunos para nenhum tipo de dificuldade Foto César Ferreira/Supcom
Para retornar esses estudantes às salas de aula, Freire diz que entram em ação os articuladores das escolas, por meio do Programa Auxílio Brasil/Ficai (Ficha de Comunicação do Aluno Infrequente; “quando as faltas estão ligadas a questões sociais, a equipe de assistentes sociais da Secretaria articula o trabalho com outros órgãos da Prefeitura, de modo a garantir o atendimento integral”, explica o secretário.
Coordenadora do setor Multiprofissional da secretaria, Adriana Gonçalves fala sobre a importância do trabalho do setor de assistência social: “a busca ativa pelos alunos infrequentes é uma das demandas do Serviço Social na Educação e importante para evitar a evasão escolar”.
“O papel do Serviço Social é identificar as causas da infrequência, montar estrategia e fazer os encaminhamentos necessários visando ao retorno desse aluno”, diz Adriana, assinalando que também cabe ao órgão auxiliar a escola na importância do conhecimento e consideração da realidade social de seus alunos.
Coordenadora do Auxílio Brasil/Ficai e assistente social, Sílvia Teixeira coleciona histórias marcantes; ela conta que soube de um aluno autista infrequente, foi até a casa dele e descobriu que estava sem tratamento. A coordenadora buscou ajuda, conseguiu o tratamento e, depois, ele retornou para a sala de aula.
Outro caso é de um aluno de Travessão, sétimo distrito de Campos, que não tinha sequer renovado a matrícula; “a equipe conseguiu transferi-lo para outra unidade onde tem sido assíduo”. Silvia é perseverante: "a luta é grande, mas a gente não desiste; eu não aceito perder alunos para nenhum tipo de dificuldade".
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