VLeonardo avalia que maioria dos empresários ainda respira financeiramente com dificuldades Foto Assessoria/Divulgação

Campos - “A maioria dos pequenos empresários ainda respira financeiramente com dificuldade e ter acesso a esta linha de crédito é muito importante para a retomada da economia campista e nacional”. A declaração é do presidente da Associação Comercial de Campos dos Goytacazes (ACIC), Leonardo Castro de Abreu, ao avaliar a liberação de empréstimos através do Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Pronampe), anunciado na última segunda-feira (25), pelo governo federal.
A medida visa garantir ajuda aos pequenos empresários que foram afetados durante a pandemia da Covid-19, que, de acordo com o setor, causou sérios prejuízos a economia nacional; para tanto, é necessário que o interessado procure as instituições financeiras, que oferecem recursos com juros mais baixos e prazo maior para começar a pagar.
Leonardo Castro defende que a liberação de recursos para incentivar os pequenos produtores é sempre bem-vinda; “no caso recente, o dinheiro pode ser usado para investimentos, como aquisição de equipamentos ou realização de reformas, e para despesas operacionais, como salário dos funcionários, pagamento de contas e compra de mercadorias”.
No entanto, de acordo com os critérios, não é permitido o uso dos recursos para distribuição de lucros e dividendos entre os sócios do negócio. O presidente da ACIC destaca que o empréstimo será destinado a microempresas com faturamento de até R$ 360 mil por ano, pequenas empresas com faturamento anual de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões e empresas de médio porte com faturamento até R$ 300 milhões.
“Pelas regras do programa, a empresa que optar pelo financiamento precisa manter o número de empregados por até 60 dias após a tomada do crédito; a companhia pode pegar empréstimos de até 30% da receita bruta anual registrada em 2019”, resume Leonardo, repercutindo, segundo sua assessoria, publicação da Agência Brasil.
Outro ponto assinalado é que, no caso de negócios com menos de um ano de funcionamento, o limite do financiamento é de até metade do capital social ou de 30% da média do faturamento mensal; “todas as instituições financeiras públicas e privadas autorizadas a funcionar pelo Banco Central podem operar a linha de crédito”, acentua Leonardo.
Quanto à garantia dos empréstimos pela União é de até 85% dos recursos. O presidente da ACIC reforça, também, que o valor tomado poderá ser parcelado em até 48 parcelas, sendo o máximo de carência de 11 meses e mais 37 parcelas para pagamento; “a taxa de juros anual máxima será a mesma da taxa Selic, hoje em 13,25% ao ano, acrescida de 6%; o prazo para começar a pagar o empréstimo é de 11 meses”.