Durante café da manhã imigrantes puderam tirar dúvidas sobre procedimentos para documentação Foto Jualmir Delfino/Divulgação
Jesyca e o marido são engenheiros civis e deixaram a Venezuela para fugir de perseguições que não detalharam; foram amparados por membros de uma igreja (também não revelada a denominação) e sobrevivem fazendo biscates – ele trabalhando de ajudante de pedreiro e ela manicure.
“Queremos poder trabalhar dentro da legalidade e contribuir com nossos conhecimentos profissionais com esta cidade, mas temos dificuldades em legalizar os diplomas”, lamenta Jesyca, resumindo: “meu marido e eu estamos fazendo algum trabalho na informalidade”.
Jesyca deu o depoimento durante um café da manhã, promovido pela Subsecretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos de Campos, do qual participaram imigrantes assistidos por programas sociais do governo municipal; estavam presentes autoridades de diversos órgãos como da Ordem de Advogados do Brasil (OAB), Polícia Federal e Organização Internacional para a Imigração, Rio de Janeiro - ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).
O objetivo foi o que Jesyca buscava: tirar dúvidas dos imigrantes quanto à procedimentos sobre documentação e legislação brasileira em relação aos direitos humanos e sociais, bem como ação conjunta entre órgãos da prefeitura e outros entes estatais e da sociedade civil, que já recebem amparo social da municipalidade.
A venezuelana buscou informações sobre como legalizar a documentação de sua família e fixar moradia permanente no Brasil, especialmente, em Campos: “esperamos que a busca da prefeitura em unir esforços com outros órgãos possa nos ajudar a solucionar as questões relacionadas à documentação, porque queremos mesmo fixar a vida aqui”.
Entre as autoridades presentes estavam o agente da Polícia Federal, Igor Souza Macedo, da Unidade de Atendimento aos Migrantes; subsecretário de Igualdade Racial e Direitos Humanos, Gilberto Coutinho; subsecretário de Justiça e Assistência Jurídica, Carlos Fernando Monteiro.
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