Professor Alcimar das Chagas faz análise do quadro regional, publicada no portal Conjuntura Econômica Fluminense Foto Divulgação

Campos - Números do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nessa quinta-feira (29), pelo Ministério do Trabalho e Previdência (MTP), apontam que o Estado do Rio de Janeiro criou 30.838 empregos com carteira assinada em agosto, passando para o segundo lugar no ranking nacional (São Paulo é o primeiro).
No quadro de emprego formal, a região Norte Fluminense aparece com 941 novas vagas geradas no período, desacelerando 26,6% em relação a julho. O economista Alcimar das Chagas Ribeiro, pesquisador e professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), de Campos dos Goytacazes (RJ), faz análise resumida do quadro regional, publicada no portal Conjuntura Econômica Fluminense (Coneflu).
Chagas ressalta que o setor agropecuário teve papel importante na desaceleração, devido à aproximação do fim da safra de cana-de-açúcar: “especialmente São Francisco de Itabapoana acentuou este processo”, diz, pontuando que, “no acumulado do ano, de janeiro a agosto, a região gerou 13.086 empregos”.
Nesta linha, a liderança é de Macaé, com 6.023 vagas geradas; Campos vem a seguir (4.260) e São João da Barra (1.612); “setorialmente, as atividades de serviços nos principais municípios da região (Campos, Macaé, São João da Barra e São Francisco de Itabapoana), geraram 4.138 vagas no ano”, assinala o economista.
As atividades de construção civil são apontadas, na sequência, registrando 3.393 admissões: “as industriais geraram 3.248 vagas, a agropecuária 1.677 e as comerciais 396, no mesmo período”; Chagas compara que o Estado do Rio criou 149.997 vagas de emprego no ano, enquanto no país foram 1.853.302.
“O estado do Rio de janeiro tem uma participação relativa de 8,09% no emprego total do país”, observa. De forma didática, o economista, com base nos dados divulgados pelo MTP, traça um quadro resumindo sobre emprego formal no Norte Fluminense.
Campos registra 2.722 admissões e 2.434 desligamentos; respectivamente, Carapebus 33 e 39; Cardoso Moreira 36 e 47; Conceição de Macabu 36 e 47; Macaé 4.636 e 3.834; Quissamã 60 e 67; São Fidélis 88 e 66; São Francisco de Itabapoana 71 e 564; São João da Barra 577 e 237.
No levantamento geral do Cage em relação ao Estado, o município do Rio de Janeiro foi o que mais criou empregos formais (20.283), seguido de Niterói (949), Araruama (839), Macaé (802) e Petrópolis (771 novos postos de trabalho).