Fernando MansurO DIA

À primeira vista, o título desta coluna poderia sugerir um pensamento elástico, flexível. Mas a ideia é outra, é pensar em dois tipos de poluição que afetam o planeta: a poluição pelo descarte indiscriminado de objetos não recicláveis, e pensamentos lançados na atmosfera e que não se evaporam.
O que ainda leva alguém a jogar lixo no chão e não no recipiente disponível ao lado? O que nos leva a produzir produtos que inundam a terra, o ar e a água de poluentes nocivos à saúde de todo o ecossistema? Como reverter a situação? A esperança está nas crianças que nascem com uma nova concepção de vida e de mundo. É claro que os pais e professores de mente aberta têm um papel especial nessa equação de mudança de paradigma.
O ponto de mutação, contudo, talvez seja mais uma linha de mutação gradativa, já que a natureza humana não dá saltos. Quanto à outra forma de poluição – ainda mais deletéria – é aquela que lançamos todos os dias ao nosso redor: nossos pensamentos. Não é preciso especificar quais são eles. Porém, se não nos contivermos e mudarmos a tônica ou a frequência deles, o círculo vicioso continuará se replicando, pois são os pensamentos que moldam os ambientes.
Se ideias movem o mundo, boas ideias podem transformá-lo. Meu pai costumava dizer: “Piano, piano, se va lontano”, repetindo o ditado italiano.
Caminhar é preciso, pois é preciso viver. Naveguemos. Vamos!