É absolutamente compreensível que o ser humano busque ajuda espiritual quando se depara com a possibilidade da morte para si ou um ente muito querido. Cada um exprime sua fé de uma maneira. Isso não significa que se pretenda trocar a medicina tradicional pela medicina espiritual, o que seria uma irresponsabilidade.
Em alguns grandes hospitais, foram construídas capelas ecumênicas, onde se poder fazer orações. A gente vê familiares ajoelhados, alguns em prantos, clamando pelo restabelecimento de um familiar. E é justamente essa fé poderosa que se apossa de todos nós nos momentos trágicos, que nos fazem cair em campo e buscar pela ajuda de entidades espirituais.
O fato é que a maioria só joga a toalha e busca ajuda espiritual quando as chances de sobrevida diminuem. É uma reação humana, compreensível. Depois de ser dado o correto passo, que é buscar a medicina tradicional, é inexorável, quando se depara com a possibilidade da morte, ter esperança do tratamento dos fluidos milagrosos dos espíritos de luz.
Partimos do princípio da existência de algo maior, como uma outra vida sem o sofrimento tão comum neste nosso planeta. Assim, temos a inequívoca separação entre o nosso corpo físico (matéria) e o espírito (alma). Todos acreditamos em Deus, mas os que acreditam em reencarnação creem na comunicação entre este e o outro mundo. Quanto mais bondosa e solidária for nossa passagem por aqui, menos reencarnações serão necessárias para nossa evolução.
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Para quem está sofrendo, diminui a importância de uma cruel verdade: o mal que acomete nosso corpo é o resultado de erros cometidos em reencarnações passadas. O desespero vai aumentando até que se vislumbra uma luz no fim do túnel: a ajuda espiritual. Bem, aí é que não dá para achar que, mesmo fazendo bobagens a vida inteira (se empanturrando de comida, bebendo sem controle, fumando etc), quando chegar a hora “h”, basta bater às portas de um centro onde se faz tratamentos espirituais para voltar ao que era antes.
Não é assim que a banda toca. Se por um lado, nosso corpo físico é obrigado a aguentar nossos caprichos, este mesmo corpo acaba não suportando tamanha pressão, até que um dia, grita por socorro. Por isso, a importância de nos cuidarmos, seja fisicamente, seja espiritualmente. Os que buscam soluções rápidas não dão muita bola para os passes espíritas, quando médiuns conseguem intermediar os fluidos benéficos de entidades superiores.
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Óbvio que não devemos deixar de tomar remédios. Nossos corpos físicos precisam disso, mas...alguns males não se originam apenas no corpo físico, e sim, em nosso perispírito, o elo entre o corpo físico e a alma. Esta é a razão da existência de cirurgias espirituais, onde não se faz cortes para retirar tumores, por exemplo. Existem, contudo, registros no passado de médiuns que se valiam de intervenções cirúrgicas semelhantes às dos médicos terrenos, prática muito criticada e que pode ser alvo de processo criminal. Complicado, não é, mas Zé Arigó foi um exemplo extraordinário desse tipo de cirurgia espiritual “invasiva”.
A propósito, Zé Arigó foi o primeiro a incorporar o Dr. Adolf Fritz (anos 50), um médico alemão nascido em Munique no século 19. Dr Fritz ajudou feridos na Primeira Guerra Mundial. Consta que Zé Arigó teria sido amigo do médico alemão em outra vida, por isso o elo mediúnico com o Dr Fritz. José Arigó desencarnou num acidente automobilístico nos anos 70. Logo depois, outros médiuns anunciaram que estavam incorporando o Dr Fritz e, curiosamente, todos faleceram em acidentes de carro. Sou amigo de Rubens Farias Jr, médium que incorpora o médico alemão, mas outro médium, Aylla Harard, de Guaratinguetá (SP), também incorpora o espírito do Dr Fritz.
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Cirurgias espirituais visam tratar o espírito e, consequentemente, o corpo físico. Doenças são reflexos de alterações do perispírito. Os tratamentos dos médiuns variam. Muitos nem tocam os pacientes, outros incorporam espíritos que assumem a tarefa. Grande parte dos tratamentos se resume numa severa recomendação de mudança de hábitos danosos, o que costuma ser suficiente. Cirurgia espiritual mesmo, só em casos excepcionais, quando se vale dos passes, que nada mais são do que a transmissão de fluidos espirituais benéficos. A maioria eleva as mãos em frente aos pacientes, podendo até mesmo estarem distantes. Passes transferem os fluidos espirituais para o órgão doente. Toda cirurgia espiritual é breve, bem diferente das cirurgias materiais.
No Brasil, existem vários hospitais espirituais, onde o médium examina os pacientes, recorrendo, ou não, ao uso de pedras e cristais que tocam os órgãos doentes. A maioria dos médiuns só usa as mãos para direcionar os fluidos benéficos para os doentes. É óbvio que existe fortíssimo preconceito por parte dos conselhos médicos em relação às cirurgias espirituais. Recusam-se a estudá-las ou até mesmo considerá-las para efeito de estudo de sua eficácia. O mais curioso é que nos centros espíritas em que os dirigentes são médicos formados e credenciados pelos conselhos regionais de medicina, são locais em que as cirurgias espirituais são levadas a sério. Isto é, o médico desta vida incorpora o poder de cura de médicos do além.
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Médiuns que têm essa extraordinária capacidade de fazer cirurgias espirituais têm um discurso em comum: jamais abandonar a medicina tradicional. E é isso que diferencia um médium de verdade e um charlatão. O fato é que existe uma corrente de médicos que consideram seriamente os tratamentos espirituais, considerando-os reais.
Talvez isso explique a quantidade cada vez maior de pessoas que não professam a Doutrina Espírita ou a Umbanda, mas que recorrem aos tratamentos espirituais, seja para casos graves, seja para simplesmente se serem alvos de uma ‘limpeza’ espiritual, eliminando-se os fluidos maléficos.
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