PolacasReprodução Internet
Os portos, no Rio de Janeiro, por exemplo, viviam cheios de estrangeiros, marinheiros, imigrantes, homens de negócios.
Na Europa, vários países do leste europeu viviam problemas financeiros.
Então o que se tornou cada vez mais comum? O aliciamento de mulheres, em especial de religião judaica, para serem prostitutas no Brasil e em outros cantos da América do Sul. Tráfico de mulheres, no melhor português.
Esse aliciamento não era tão simplório como pode-se imaginar. Era feita uma seleção, um convencimento mentiroso, dizendo que elas teriam uma vida boa na América, um teatro que envolvia diferentes personagens, entre eles um empresário que estaria disposto a casar com a mulher e uma cafetina que incorporava o papel de tia nos portos.
Em 1867 há registros da chegada de mais de 100 meretrizes estrangeiras ao Rio de Janeiro, então capital do Império.
Elas não falavam o idioma e buscaram uma zona do centro do Rio de Janeiro para se protegerem. Pra trabalharem.
Sofrendo mil preconceitos, as polacas seguiam os feriados religiosos judaicos e até criaram uma sinagoga, porque elas não eram aceitas nas outras. Não havia rabino, claro.
O compositor e cantor Moreira da Silva, sambista, malandro, namorou uma polaca e compôs a música Judia Rara, em homenagem à ela.
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