Diferente dos outros anos, quando cariocas puderam celebrar nas ruas o dia de São Sebastião, padroeiro da Cidade, desta vez, comemoração poderá ser de outras formas - Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Diferente dos outros anos, quando cariocas puderam celebrar nas ruas o dia de São Sebastião, padroeiro da Cidade, desta vez, comemoração poderá ser de outras formasReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Por Padre Omar
No próximo dia 20 vamos celebrar São Sebastião, santo padroeiro do Rio de Janeiro. Este ano as festividades serão diferentes, devido à pandemia do coronavírus que nos impede de aglomerar na tradicional procissão. Porém, não faltarão celebrações virtuais para prestar nossas homenagens ao santo guerreiro que tanto inspira e abençoa os cariocas.
São Sebastião foi soldado corajoso que lutou contra perseguição religiosa e enfrentou a fúria do imperador romano. Ele resistiu às flechadas e inspira os cariocas a enfrentarem as batalhas do dia a dia. Neste momento, não poderíamos ter intercessor mais propício: São Sebastião é o mais celebrado patrono contra a peste.
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Quando a peste atingiu a Itália, no ano de 680 da Era Cristã, relíquias de São Sebastião foram trasladadas de Roma para Pavia, perto de Milão. Nas duas cidades foram preparados um altar para o mártir. A epidemia cessou. Pavia nunca esqueceu de festejar esta memória, consolidando ali a invocação desse santo contra as epidemias.
Outras cidades da Europa também veem em São Sebastião o grande intercessor para o fim das pestes. Em Portugal, na Era dos Descobrimentos, o Rei incrementou a
veneração de São Sebastião em Lisboa, afligida pela peste. E, desde quando receberam uma relíquia do braço de São Sebastião, quase não houve epidemias em terra lusitana.
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No Rio de Janeiro a varíola era um dos grandes males da cidade na era dos engenhos. Ceifava vidas de alguns senhores, mas, sobretudo, de escravos. Foi atribuída a São
Sebastião a diminuição dos contágios.
Também durante a pandemia da gripe espanhola, a cidade recorreu a São Sebastião. Sobretudo, em outubro de 1918, quando o cenário era desolador. Passada a gripe, o
cardeal arcebispo Dom Joaquim Arcoverde redigiu uma carta pastoral cujo espírito era a renovação do fervor ao padroeiro.
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Nesta quarta-feira não deixe de rezar a São Sebastião. Que ele seja nossa inspiração nesse momento de tantas dificuldades. Assim como ele venceu a perseguição e o
martírio, que nós também vençamos as flechas da peste e todas as adversidades desse momento de pandemia.