Por Padre Omar
A correria do dia a dia, as multitarefas, nos deixam sobrecarregados, mas todos nós precisamos de interioridade: de nos retirarmos para um espaço e um tempo dedicados ao nosso relacionamento com Deus, e isto não significa fugir à realidade. Pessoas de oração procuram a solidão e o silêncio, não para não serem incomodados, mas para ouvir melhor a voz de Deus.
A oração é o nosso coração e a nossa voz, e se faz coração e voz de muitas pessoas que não sabem rezar ou não querem rezar ou estão impossibilitadas de fazer: somos intercessores. Quando rezamos estamos em sintonia com a misericórdia de Deus. Misericórdia em relação aos nossos pecados, mas também misericórdia por todos que pediram para rezar por eles, e esta é a verdadeira oração.
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Aquele que não ama o irmão não reza seriamente. Em espírito de ódio não se pode rezar; em espírito de indiferença não se pode rezar. A oração só se dá em espírito de amor. Quando um crente, movido pelo Espírito Santo, reza pelos pecadores, não faz seleções, não emite juízos de condenação: reza por todos e também reza por si. O mundo avança graças a esta cadeia de orantes que intercedem, e que na sua maioria são desconhecidos... mas não a Deus!
A Igreja, em todos os seus membros, tem a missão de praticar a oração de intercessão. Em particular, é dever de todos aqueles que desempenham um papel de responsabilidade, como pais e educadores. Jesus é o nosso grande intercessor, e rezar é fazer um pouco como Jesus: interceder junto do Pai, pelos outros. E isto é muito bom.