PadrePaulo Márcio

Nesse tempo da Quaresma, o Senhor nos convida à conversão. Cada um de nós deve se sentir interpelado por este chamado, corrigindo algo na própria vida, no modo de pensar, de agir e de viver as relações com o próximo. A conversão é fruto de uma das virtudes quaresmais que é a penitência. Esta indica mudança de vida: entramos de um jeito na Quaresma e sairemos com o coração transformado.
A conversão pode ser definida como um ato consciente de uma pessoa regenerada, no qual ela se volta para Deus em arrependimento e fé. Observe que há dois movimentos presentes na conversão: um movimento de afastamento do pecado, caracterizado pelo arrependimento, e um movimento de aproximação de Deus, caracterizado pela fé.
Também é um tempo propício para tentarmos imitar a paciência de Deus, que confia na capacidade que todos têm de se reerguer e retomarem o caminho. Deus é Pai e não deixa a chama fraca apagar, mas acompanha e ampara quem é frágil para que se fortaleça e ofereça o seu amor a todos.
Existe uma famosa história de Santa Teresa do Menino Jesus, quando rezava por um homem condenado à morte, um criminoso, que não queria receber o conforto da Igreja, rejeitava a ajuda do sacerdote, queria morrer assim. Mas ela rezava, no convento. E quando aquele homem estava para ser executado, ele se dirige ao sacerdote, pega no Crucifixo e beija-o. A paciência de Deus! Ele faz o mesmo também conosco, com todos nós!
Quantas vezes nós estamos a ponto de cair e o Senhor nos salva porque tem grande paciência conosco. É esta a sua misericórdia. Nunca é tarde para nos convertermos, mas é urgente, é agora! Comecemos hoje.
Padre Omar