Na vida temos sempre que tomar decisões, e para isso devemos percorrer um caminho, uma estrada de discernimento. Cada atividade importante tem as suas “instruções” a seguir, que devem ser conhecidas para que possam produzir os efeitos necessários. Conhecer a própria história de vida é fundamental para o discernimento.
A nossa vida é o “livro” mais precioso que nos foi confiado, um livro que muitos infelizmente não leem, ou que o fazem muito tarde, antes de morrer. No entanto, é precisamente nesse livro que se encontra aquilo que se procura inutilmente por outros caminhos.
Muitas vezes ficamos presos em pensamentos que nos afastam de nós mesmos, mensagens estereotipadas que nos ferem. Ler a própria história significa também reconhecer a presença destes elementos tóxicos, para ampliar a trama da nossa narração, aprendendo a observar o outro lado, conseguindo captar os modos discretos como Deus age na nossa vida.
Habituar-se a reler a própria vida educa o olhar, permite notar os pequenos milagres que Deus realiza para nós todos os dias. Quando prestamos atenção, observamos outros rumos possíveis que revigoram o gosto interior, a paz e a criatividade. Acima de tudo, nos torna mais livres dos estereótipos tóxicos.
Devemos ficar atentos, pois se não conhecermos a estrada percorrida, no passado, repetimo-lo sempre, somos circulares. E a pessoa que caminha circularmente nunca vai em frente.
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