Alerj vota projetos para driblar déficit de pessoal no serviço públicoJúlia Passos / Alerj
Concurseiros lotam galerias da Alerj em dia de votação de projetos para beneficiar categoria
Propostas estão relacionadas a fim da cláusula de barreira em editais
A Alerj vota, em sessão extraordinária, nesta quarta-feira (23), três projetos de lei que tentam driblar o déficit de pessoal nos quadros do serviço público fluminense. As três propostas são da deputada Martha Rocha (PDT), que faz dobradinha em dois deles com Rodrigo Amorim (PTB). Elas estão relacionadas ao fim da cláusula de barreira em editais. E os candidatos se deslocaram à Carioca para acompanhar a sessão, lotando as galerias do Alerjão.
“O sistema carcerário clama por oxigenação, e nós somos o oxigênio que faltava”, diz um dos cartazes das galerias.
O PL 5337/2022 prevê a nomeação de candidatos aprovados para cadastro de reserva em concurso, mas que ficaram fora do número de vagas. “O serviço público do estado do Rio vem apresentando um quadro de déficit de pessoal ao longo dos anos, o que está impactando diretamente na eficiência da prestação do serviço público. A aprovação dos projetos será fundamental para mudar esse cenário”, destaca a parlamentar.
Já o projeto 5352/2022 visa convocar para o Teste de Aptidão Física-TAF todos os aprovados na etapa teórica no Concurso Público para Inspetor de Polícia de 6ª Classe, da Polícia Civil, iniciado em 2021. O edital prevê o afunilamento para apenas os 500 concorrerem às 100 vagas finais.
Além desse, os colegas dividem a proposta que proíbe a eliminação do candidato classificado fora do número de vagas disponíveis do concurso.
“Ao permitir que os candidatos aprovados permaneçam no páreo, o referido projeto de lei gerará economia para os cofres públicos, uma vez que o número de aprovados pode aumentar o cadastro de reserva”, diz a justificativa do texto.
"Estamos demonstrando que a gente, no Rio de Janeiro, respeita regras. As pessoas que gastaram tempo e dinheiro estudando para um dia servir à população merecem esse respeito, vão ser convocados e terão seus direitos garantidos", frisa Rodrigo Amorim.
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