Filmes indígenas e produzidos no Rio são destaque no Cine Ouro Pretofoto LAF

A produção Indígena foi o grande diferencial da 17ª Mostra de Cinema de Ouro Preto que retornou de forma presencial dando ainda mais vida ao sobe e desce da cidade histórica mineira. A nossa Coluna e a "Responsabilidade.com" estiveram presentes acompanhando essa movimentação. Em conversa com o curador Cleber Eduardo, ele nos traçou uma linha na evolução desse segmento.
" Começa no final dos anos 1990, já possui um percurso de mais de 20 anos. Algumas evoluções. No começo os filmes eram coproduzidos com indígenas. Progressivamente, começam a assumir sozinhos a direção. Hoje, achamos que já existe um volume de filmes que permita observar alguns recortes de temas recorrentes, de formatos recorrentes, da diferenças entre povos".
Das 115 produções exibidas, 35 são dirigidos por indígenas. Foram contemplados com o Troféu Vila Rica os cineastas étnicos Ariel Ortega e Patricia Ferreira Yxapy. O tema do CineOP deste ano foi baseado no tripé: preservar, transformar, persistir.

Rio de Janeiro representado por 20 produções

A mostra encerrou nesta segunda feira (27/06) com estimativa de público em torno de 15 mil pessoas. Foram exibidos 20 longas, 14 média e 117 curtas-metragens. Os trabalhos são provenientes de 7 países e 22 estados.
Com 20 representantes, a maioria documentários, o Rio de Janeiro foi destaque pela quantidade e qualidade das obras. Entre elas: “Antígona 442 a.C. – de Maurício Farias “Atravessa a Vida” - de João Jardim “Ewé de Òsányìn: o segredo das folhas” - de Pâmela Peregrino, “e “Carta para Glauber” - de Gregory Baltz. O Rio de Janeiro também se fez presente através da histórica produtora Cinematográfica Cinédia da obstinada Alice Gonzaga.

Grande Othelo e Belchior: homenagens

Há 30 anos que o Brasil perdia Sebastião Prata, o Grande Othelo, aos 78 anos, justamente quando participava de um festival na França. Grande nome da nossa dramaturgia, destacou-se com as chanchadas e filmes musicais da Atlântida. Ele foi lembrado no Cine OP através do curta, “Não Vim ao Mundo para Ser Pedra” de Fabio Rodrigo Filho, e o longa “Katharsys”, obra  ficcional do carioca Roberto Moura, realizado nos anos 1990, com três horas de duração, guardado na gaveta, e agora finalizado em metade do tempo original.

Outro ícone de nossa cultura com relevância ressaltada no evento mineiro é o cantor e compositor cearense Belchior através da exibição de “Apenas um Coração Selvagem” - de Natália Dias e Camilo Cavalcanti e apresentação do 'Bloco Volta Belchior'.
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