Ministério da Defesa informou que 150 militares reforçam as buscas do indigenista Bruno Araújo e do jornalista Dom PhillipsDivulgação/Ministério da Defesa

Polícia Federal e Exército mais perdidos do que um urbano morador de uma cidade grande jogado no meio da mata, na apuração dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. Lembram a lenda indígena do Curupira, personagem folclórico que anda com os pés para trás de forma a despistar do real itinerário.

Boi de piranha... Sabe de onde surgiu essa expressão?
Pecuaristas para poderem cruzar com a manada um rio infestado por esse tipo de cardume, sacrificavam um boi, doente ou propositalmente ferido, jogando na água. O debater do animal sangrando atraia os peixes. Enquanto o cardume se distraia consumindo o sacrificado, os peões passavam mais adiante com a manada sem serem atacados pelas ocupadas piranhas.
A prática tão usada nas áreas derrubadas da Floresta Amazônica para a agropecuária é repetida agora com o pescador Amarildo da Costa de Oliveira. Suas várias contradições evidenciam que não é o assassino ou pelo menos, o protagonista em mais um atentado contra os defensores da floresta.
É obvio que ele é o "boi de piranha" da vez. Resta saber de que forma ele foi jogado nesse rio turbulento: se não tem nada a ver com o crime, sendo apenas contactado para assumir os assassinatos ou se, realmente participou, mas está omitindo o verdadeiro "vilão-protagonista", o mandante.
Após o “pescador de ilusões” descartar a existência de uma cabeça-de-peixe nos assassinatos do indigenista e do jornalista, agora a Polícia Federal abre uma nova linha de investigação. A PF lança seu anzol de apuração na linha do envolvimento do tráfico de drogas com a pesca ilegal. Uma ilação tão improvável como um novo prato típico temperando o pirarucu com cocaína. Acredita na hipótese da união dos pescadores ilegais com os traficantes de drogas. Ouro de tolo, achar mais provável associar aos Reis do pó do que aos violentos mineradores e devastadores madeireiros que transformam a Amazônia numa terra sem lei. 
Isso mostra como a Polícia Federal e o Exército, "responsáveis pela investigação e defesa da área, se comportam como um peixe fora d´água neste caso. Enquanto isso, são descartadas as colaborações com seus os conhecimentos, os verdadeiros donos da casa, como os indígenas, ribeirinhos e moradores que formam a comunidade do Povo da Floresta e os funcionários da Funai e ONGs, que realmente vivenciam a região.
E nesse clima de impunidade o Brasil parece que não está satisfeito no título que já possui, querendo subir no ranking em que já se encontra como o quarto país que mais mata ativistas ambientais: uma média de 4 por semana, conforme pode conferir no link deste outro artigo https://odia.ig.com.br/colunas/luiz-andre-ferreira/2022/06/6418020-desaparecimento-de-jornalista-ingles-e-indigenista-nao-e-caso-isolado.html