prédio da sede da Petrobras no Rio de Janeirofoto de divulgação
Este ano foram movimentados no país um total de R$ 500 milhões feitos por 124 empresas e pessoas físicas, segundo aponta o Monitor das Doações que contabiliza os recursos superiores a R$ 3 mil e que são divulgados publicamente. Ou seja, registra apenas um recorte e não representa todos os tipos de doações feitas no país. A estimativa é de que seja em quantidade e valores maiores.
A maior filantropa
A maior doadora como pessoa física é a empresária Lia Maria Aguiar de Góis, de 84 anos. Conhecida como uma grande filantropa brasileira, ela é filha adotiva do falecido banqueiro Amador Aguiar. Ainda segundo o Wikipédia, é detentora de 1,8% das ações do Bradesco e 17% da holding Bradespar.
Ao contrário do que se pensa, esse tipo de solidariedade computada pelo Monitor é feita basicamente por entidades privadas em busca da associação de sua marca a uma imagem positiva no âmbito da responsabilidade empresarial socioambiental, a RSE.
"As empresas estão cada vez mais preocupadas em dar transparência às doações realizadas, tornando-as públicas. O mesmo ainda não acontece com os doadores individuais, e por isso eles representam apenas 15% do que o Monitor somou até agora. Nós esperamos que cada vez mais as pessoas e famílias que realizam grandes doações falem sobre elas e inspirem ainda mais pessoas a doar", comenta João Paulo Vergueiro, diretor executivo da Associação Brasileira de Captadores de Recursos - ABCR.
Covid provoca recorde histórico de doações emergenciais
Os dados do último Monitor especial da Covid-19 apontaram a movimentação de R$ 7 bilhões, um recorde absoluto na história recente de doações para emergências no país. Trata-se de outro projeto criado pela ABCR para acompanhar o movimento de solidariedade que surgiu com a pandemia.
Monitor das doações
O Monitor é uma iniciativa da Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), com o apoio da plataforma do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas, o GIFE.
O espaço reúne dados que poderão ser utilizados para pesquisas e estudos no país, proporcionando uma oportunidade para filantropos, pesquisadores e profissionais do terceiro setor acompanharem os números em tempo real.
Prêmio de Jornalismo de Solidariedade
Abertas inscrições para a primeira edição da premiação para reportagens sobre a cultura de doação no Brasil em duas categorias: profissionais e estudantes de comunicação ou recém-formados.
Vale nos formatos texto, áudio, vídeo ou fotografias publicados até 5 de dezembro de 2022.
O concurso do Instituto MOL de Jornalismo para a Sociedade tem por objetivo reconhecer trabalhos que contribuam para fortalecer a solidariedade e a atuação das organizações da sociedade civil, destacando a importância desses temas para o exercício da cidadania.
“Queremos expandir o olhar dos comunicadores e incentivar a cobertura da imprensa para afinidade de pautas sobre cultura de doação que merecem destaque”, comenta Vanessa Henriques, gerente executiva do Instituto MOL, que foi criado em 2020 para promover a cultura de doação no Brasil.
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