Rock in Rioimagem de divulgação

De repercussão internacional, o Rock in Rio traz um alento para os anfitriões cariocas com impactos econômicos e sociais. A cadeia receptiva nesse setor não abrange apenas quem hospeda, mas engloba atividades de pessoas que atuam como auxiliares: faxineiros, cozinheiros, cabelereiros, motoristas particulares...
Em bairros com maior concentração de turistas, como Barra, parte de Jacarepaguá (onde fica a Cidade do Rock) e Copacabana, o comércio local também espera tirar uma casquinha e sintonizar seus lucros com o ritmo do festival. A organização do Rock in Rio estima um público de aproximadamente 360 mil pessoas de fora cidade ao longo dos sete dias de evento. Destes, 10 mil virão de 31 países diferentes.

Hospedagens em residências
Embora os aplicativos especializados Airbnb, Temporada Livre e Booking não divulguem seus dados, proprietários de residências destinadas para temporadas comemoram depois de um longo período de ostracismo por conta das restrições da pandemia da Covid-19. A coluna teve contato com anfitriões que trabalham com essas plataformas. Foram unânimes na percepção de um súbito aumento das consultas e efetivações para os dias em que acontecem os shows.
Os corretores das imobiliárias que trabalham com diárias também começam a respirar mais aliviados com o aumento das locações embaladas pelo Rock in Rio.
Muitas pessoas aproveitam a oportunidade para oferecer quartos e vagas em suas casas para os visitantes. Essa prática, que já é feita regularmente em bairros da Zona Sul, geralmente para estudantes, ganha novas oportunidades.

Reservas em Hotéis
A mesma euforia toma conta do setor hoteleiro. Baseado nas últimas edições, os estabelecimentos em torno do Parque dos Atletas, próximo a Cidade do Rock, acreditam que vão repetir a ocupação de 100% obtidas em edições passadas. Eles baseiam seu otimismo não só pelo histórico, mas pelas reservas já efetuadas e pelo crescente número de consultas. E ainda contam com as procuras dos atrasados que devem chegar de última hora. 
“O festival é bastante positivo para a hotelaria da Barra, Recreio e arredores, que costumam ser os bairros mais concorridos”, complementa o presidente do Sindicato dos Hotéis do Rio, Alfredo Lopes.
Mas não é somente na Zona Oeste onde as estimativas são promissoras. Muitos turistas preferem se hospedar na badalada Zona Sul, em que ficam bairros ícones cariocas como: Copacabana, Ipanema, Leblon, Flamengo e Botafogo. Outros optam pelas diárias mais em conta oferecidas na região Central, composta pela Lapa, Cinelândia, Glória, Catete.
A Coluna conversou om o vice-presidente de Vendas e Marketing da Atrio Hotel, que administra franquias do Ibis em em dois pontos, Botafogo e no Centro.
“O que está diferente, neste ano é a sua realização em dois finais de semana integrados por um feriado nacional e a ânsia do público pela volta dos grandes shows. No caso do dia 10 de setembro, já temos 93% dos apartamentos do Ibis Styles Botafogo e estamos com reservas bem acima da média de ocupação somando as duas unidades que em mais de 50%” – finaliza César Nunes.
Ocupação Elevada

A média geral das reservas na cidade para a primeira semana já é de 61,36%, com destaque para Barra da Tijuca/ São Conrado (79,12%), Ipanema/ Leblon (72,18%), Flamengo/ Botafogo (57,85%), Leme/ Copacabana (53,95%) e Centro (42,05%).
Na segunda semana, os números prometem ser ainda melhores – média de 72,32%. Barra da Tijuca/ São Conrado registram (86,76%), Flamengo/ Botafogo (83,24%), Ipanema/ Leblon (77,05%), Centro (64,44%) e Leme/ Copacabana (62,07%).
“Eventos como o Rock in Rio trazem muitos turistas para nossa cidade e movimentam diversas cadeias econômicas – hotéis, restaurantes, bares, empresas de transporte. Todos ganham e é por isso que a hotelaria trabalha pela construção de uma agenda de eventos artísticos e corporativos robusta e duradoura, que dure o ano inteiro”, afirma Alfredo Lopes.
Segundo dados do HoteisRio, na última edição do festival, em 2019, a primeira semana registrou uma média de 78% de ocupação, superior à do evento de 2017, que ficou em 75%. Já a segunda semana atingiu 87% de ocupação, também maior que o registrado em 2017, quando a ocupação ficou em 82%.
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