Dia do sexo movimenta o mercado e as mídias sociaisfoto divulgação MF Press Global
O tema ganha impulso através de uma pujante economia em torno do mercado do sexo. Vão desde espaços físicos para encontros, pessoas que negociam seus corpos ou imagens, festas, remédios estimulantes, produtos de sex-shop e até aplicativos voltados para encontros.
Apesar do ainda presente preconceito, falar sobre sexo está bem mais fácil para 79% dos brasileiros que também se mostram mais abertos à novas experiências. A pesquisa foi feita este ano pela plataforma de bem-estar sexual Pantynova, da Sextech.
“O Censo do Sexo é um start para muitas conversas. Entendemos que os dados vão nos ajudar a ampliar ainda mais o diálogo sobre sexualidade no Brasil. O objetivo da Pantynova, é desmistificar tabus e empoderar os brasileiros em relação à sua sexualidade que deve ser cuidada, tanto quanto se cuida de outras partes do seu corpo” - finaliza Derek Derzevic, pesquisador e cofundador da empresa.
Usando a tecnologia como aliada, multiplicaram os aplicativos de encontros, assim como o aumento de suas bases de inscritos e o desenvolvimento das suas usabilidades. Também registraram migrações dos modelos grátis para os planos pagos que oferecem serviços mais completos. Tem para todos os gostos, perfis, condições sexuais e até para quem quiser se manter solteiro, mas não dispensa uma companhia virtual ou presencial de forma esporádica.
Em um relatório do Bumble, em um ano, durante a pandemia, cerca de 40% dos entrevistados disseram que passaram a abordar suas vidas sexuais de maneira diferente e que esse tipo de site ajuda na praticidade pela busca pelos parceiros. Segundo a terapeuta sexual Megan Fleming, tanto casais, quanto os solteiros, têm sido mais decisivos do que antes da pandemia.
“Pessoas solteiras foram confrontadas com cenários difíceis de namoro, que forçaram a intencionalidade em torno de quem eles estavam saindo e por quê. Antes de se encontrar com alguém novo, coisas como o status de vacinação e namoro tinham que ser discutidas.
Entre os casais, vimos que eles têm feito mais sexo e estão tentando experimentar outras coisas. Acho que algumas pessoas perceberam que a vida é curta e aproveitaram o momento para tirar o máximo proveito de suas vidas sexuais.” - diz Fleming.
Aumento de uniões
Os últimos dois anos foram mais isolados socialmente. Como diz Fleming, alguns responderam procurando relacionamentos estáveis pela primeira vez em anos. “Eu definitivamente vejo mais pessoas se afastando do sexo casual e se tornando mais interessadas em relacionamentos”.
Justin Lehmiller, pesquisador e autor de “Diga-me o que você quer: a ciência do desejo sexual e como isso pode ajudá-lo a melhorar sua vida sexual”, observou não apenas as pessoas se casando, mas aquelas que já estão em relacionamentos, se fortalecendo.
“A maioria das pessoas está dizendo que seu relacionamento é melhor em todos os aspectos.”
A prática sexual pode melhorar o humor, queimar calorias, ajudar na relação, condições cardíacas e até mesmo na aparência, explica o sexólogo João Ribeiro da fabricante de produtos sexuais INTT.
“A melhoria da pele acontece pois o ato aumenta a produção de ocitocina, conhecido como o 'hormônio do amor', além do estrógeno, que fica concentrado no sangue, aumentar durante o sexo e deixar a pele e o cabelo com aspectos mais brilhosos. E o suor manda embora todas as impureza, deixando-a mais suave".
A venda de produtos sexuais cresce consideravelmente. Marcas do setor estão conquistando destaque por inovar nesse segmento. Criada em 2002, a INTT Cosméticos é uma delas, tendo como carro-chefe do seu portfolio um lubrificante feito de cannabis - a planta da maconha e um gel à base de ouro. Pela sua atuação já conquistou seis vezes o título de "Melhor Marca do Mercado Erótico do Ano" na premiação "Melhores do Mercado Sensual"
A história da INTT reforça como as mulheres deixaram de ser secundárias neste ramo, conquistando seu protagonismo na maioria das empresas deste segmento. Na INTT teve início quando a mãe da diretora, Stephanie Seitz, entrou em uma loja de produtos eróticos no aeroporto de Munique ( Alemanha) e se espantar com o que viu: o ambiente não tinha cabines, cortinas ou qualquer coisa que disfarçasse a essência do negócio.
“Ela diz que era como se fosse uma loja convencional, sendo que, ao contrário dos sex-toys vendidos no Brasil, os produtos eram bem trabalhados e poderiam ficar expostos em qualquer ambiente da casa, sem qualquer constrangimento, já que as embalagens não eram vulgares”, explica Stephanie.
Ciente do potencial que os produtos teriam no Brasil, a família então decidiu abrir a empresa. “Criamos rótulos discretos e arrojados e selecionamos com critério nossos fornecedores e matéria-prima, tudo com o objetivo de acabar com o mito de que o mercado erótico e que os produtos são de procedência questionável”, explica Stephanie.
Após fabricar os itens em Portugal e vender para países como Alemanha, Espanha e Rússia, o faturamento da INTT cresceu 120%.
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