Brasil marca presença na COP 27foto de divulgação
Irritado, segundo relatos na imprensa, Bolsonaro chamou o petista de “usurpador” e o acusou de vestir a faixa presidencial antes da hora.
Lula foi convidado diretamente pelo presidente egípcio Abdel Fatah al-Sissi um dia após sua vitória. Ele deve comparecer à conferência na segunda semana. Depois de uns dias de descanso no estado da Bahia, divide sua agenda entre a composição de seu novo governo, o processo de transição e na participação na Conferência.
O presidente eleito deve ir a Índia em companhia do representante da Comissão de Meio Ambiente do Senado, Jaques Wagner, o ambientalista e deputado federal Nilto Tatto, deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) e a senadora Simone Tebet (MDB).
Oportunista, no melhor dos sentidos, quer aproveitar para antecipar sua política ambiental mesmo antes da posse, em contraponto à atual, que foi é dos calcanhares de Aquiles da administração Bolsonarista. Vai tentar dissociar o Brasil da criticada gestão ambiental de Bolsonaro. Uma tentativa de tentar apagar a desconfiança e o repúdio internacional em relação as últimas práticas no setor socioambiental e mostrar que o Brasil retomou sua linha responsável neste segmento.
O petista quer restabelecer laços, retomar financiamentos, refazer e criar novos acordos internacionais de cooperação. Para alguns especialistas esse pode ser o momento de retomada do Brasil no protagonismo das discussões climáticas, de preservação ambiental e de articulador global nas ações contra desigualdades.
Além da preservação ambiental, Lula quer aproveitar e alinhavar também acordos financeiros em relação a promissora energia limpa. Atrair investimentos para essas práticas pode ser uma forma de trazer recursos externos para um Brasil com seus cofres bastante comprometidos.
E esse é um bom momento de chamar a atenção do mundo para potencialidades naturais e estruturais que o país tem para se colocar na frente da indústria de geração de energia verde.
Pelo menos desse aspecto, as forças antagônicas da política brasileira mostram-se convergentes.
É justamente esse o discurso do representante de Bolsonaro no encontro internacional. O Ministro Joaquim Leite em declaração ao programa estatal de rádio “A Voz do Brasil” revelou que
o principal objetivo do Brasil na COP 27 será o de “levar a eles o Brasil das energias verdes”, para trazer “financiamento climático e acelerar toda essa economia limpa junto com o setor privado”.
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