Lazer do empreendimento da Riooito em Teresópolis terá piscinas, espaço pet, play, quadra e salão de festas - Divulgação
Lazer do empreendimento da Riooito em Teresópolis terá piscinas, espaço pet, play, quadra e salão de festasDivulgação
Por Cristiane Campos
A Região Serrana do Rio de Janeiro está ainda mais disputada na pandemia. Para se ter ideia da demanda, a alta é de 300%, de acordo com Fabrício Junqueira, delegado do Creci-RJ (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis) em Itaipava. O percentual é relativo ao primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2019 e, segundo Junqueira, os resultados de agosto já mostram que o aumento deve continuar também no segundo semestre.

“Dois fatores contribuíram para este aumento: com o isolamento social, as pessoas sentiram a necessidade de ter uma casa, um quintal, ou seja, uma área aberta. O segundo motivo foi o home office. Pessoas que tinham o desejo de comprar uma casa na Serra, não fechavam negócio porque ainda precisavam estar fisicamente na empresa. Agora, com algumas empresas adotando o home office permanentemente, esses interessados estão conseguindo realizar o desejo de morar na Região Serrana sem a obrigação de subir e descer a Serra todos os dias para trabalhar”, comenta Junqueira.

Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi Rio (Sindicato da Habitação) confirma esta tendência. “Desde o início da pandemia, a procura pela Serra aumentou significativamente. Em um primeiro momento se percebe uma alta, principalmente, na locação. Com relação às vendas também, mas é um aumento que leva um tempo para ser absorvido porque havia muita oferta”, avalia Schneider.

Esse cenário é observado, por exemplo, na Riooito Incorporações e há até fila de espera. "Vendemos em agosto as últimas 23 unidades do Cenário da Montanha, que a Riooito está construindo em Itaipava. Estamos com fila de espera para esse empreendimento, caso haja desistência de algum cliente. Já no Cenário dos Pássaros, em Teresópolis, temos poucas unidades à venda com valores a partir de R$ 180 mil. Em ambos os projetos sempre tivemos uma grande procura, mas com a pandemia ficou ainda maior”, conta Sheila Ferreira, gerente de Vendas da empresa. Segundo ela, no Cenário da Montanha, 40% dos clientes são do Rio. No Cenário dos Pássaros, o percentual é de 30%. “São famílias que têm filhos ou pets e que desejam mais espaço ao ar livre, com verde, principalmente agora com a experiência do isolamento social”, afirma Sheila.
Terrenos com infraestrutura e tecnologia
Vista aérea de uma das casas do Terras Altas, em Pedro do Rio, loteamento que conta com infraestrutura completa e internet em fibra ótica
Vista aérea de uma das casas do Terras Altas, em Pedro do Rio, loteamento que conta com infraestrutura completa e internet em fibra óticaDivulgação
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A Concal também sente os reflexos desta demanda. “Pedro do Rio, em Petrópolis, onde temos o loteamento Terras Altas, é uma das regiões preferidas. A procura está tão grande que há clientes, inclusive, comprando dois lotes e pagando à vista. A região tem atraído profissionais do mercado financeiro que desejam cumprir a quarentena com qualidade de vida”, comenta José Conde Caldas, presidente da empresa.

Cada terreno no Terras Altas, de acordo com Caldas, é vendido por R$ 450 mil. “O cliente compra o lote e contrata arquitetos renomados como o Sergio Conde Caldas para fazer o projeto da casa de acordo com o seu perfil”, explica o presidente da construtora. O Terras Altas, com 85 lotes, é um loteamento fechado e urbanizado pronto para a construção de casas. Com terrenos a partir de 2.500 metros quadrados, o condomínio oferece infraestrutura completa, incluindo rede de acesso à internet em fibra ótica, pavimentação e arborização das ruas, guarita e ronda 24 horas.
Novas percepções sobre o imóvel durante a quarentena
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De encontro às observações dos especialistas, pesquisa do Imovelweb indica que 43% dos entrevistados começaram a observar detalhes de seus imóveis que talvez passassem despercebidos antes do isolamento social. Segundo o levantamento realizado com seus consumidores, 25% acham que falta um quintal ou uma varanda; 19% dos entrevistados consideram a residência pequena demais; 12% acreditam que o imóvel poderia estar numa localização melhor e outros 12% desejam uma região mais silenciosa. Outro dado interessante é que 90% dos entrevistados deixariam de viajar e adquirir objetos com intuito de guardar dinheiro para investir na casa própria. E mesmo com o momento delicado, a pesquisa do portal mostra que 96% das pessoas continuam planejando sua mudança.