O isolamento social tem impulsionado as vendas no bairro planejado Ilha Pura, na Barra da Tijuca. As famílias estão em busca  de qualidade vida, áreas verdes  e segurança - Divulgação
O isolamento social tem impulsionado as vendas no bairro planejado Ilha Pura, na Barra da Tijuca. As famílias estão em busca de qualidade vida, áreas verdes e segurançaDivulgação
Por Cristiane Campos
O mercado imobiliário tem registrado números ainda mais positivos nos últimos meses. A procura por um imóvel para chamar de seu ou para investir impulsiona os segmentos de imóveis novos e usados. Já no quesito pagamento, os compradores têm optado pelo financiamento até mesmo quem tem recursos para comprar à vista. A informação é de Anderson Frassetti, CEO da Frassetti Imóveis, focada em imóveis de alto luxo na Zona Sul e que adianta a abertura de uma filial da imobiliária na Barra da Tijuca ainda este mês. "O alto padrão também está muito aquecido e por conta das taxas de juros ainda mais baixas no crédito imobiliário, o comprador ou investidor está preferindo optar pelo parcelamento em vez de se descapitalizar. São casas e apartamentos com metragens generosas que têm se destacado neste novo normal", conta Frassetti. Há ainda um movimento de famílias trocando o imóvel alugado na Zona Sul e comprando casa ou apartamento em condomínios modernos e seguros da Barra da Tijuca e com muita área verde como nos bairros planejados da Península e Ilha Pura, da Carvalho Hosken. “Nunca ficamos tanto tempo em casa sem sair! Isso fez com que muitas famílias priorizassem viver em apartamentos mais amplos, com boas varandas, lazer ao ar livre e segurança. A procura pelos nossos bairros planejados aumentou muito”, afirma Ricardo Corrêa, diretor de Marketing e Inteligência de Mercado da Carvalho Hosken.

O bom desempenho do setor também pode ser verificado nos imóveis chamados de usados. Para se ter ideia, a Apsa registrou crescimento de 50% na quantidade de imóveis vendidos na primeira quinzena de outubro em relação ao mesmo período no ano anterior. E 40% destas negociações se concretizaram com a utilização de financiamento imobiliário. No mesmo período, em 2019, nenhuma venda foi efetuada com uso do empréstimo habitacional.

Para o gerente de Vendas da Apsa, Gustavo Araújo, considerando que o valor médio dos imóveis vendidos agora é 40% menor, e o montante comercializado pela empresa nesta quinzena está 36% abaixo do realizado nos primeiros 15 dias de outubro de 2019, é possível afirmar que o setor está sendo movimentado também por uma parcela de consumidores que estava fora do mercado imobiliário. "A demanda por imóveis próprios é grande e estava dificultada pelos preços e juros altos. Agora, com mais facilidade de crédito, preços e juros mais baixos, e ainda as consequências da pandemia, que estimula as pessoas a viverem em espaços mais adequados à realidade familiar, o cenário se altera. Consumidores com menor poder aquisitivo se animam em buscar o imóvel ideal. Acreditamos que esse movimento vai se manter positivo nos próximos meses", ressalta Araújo.