O consultor e especialista no mercado de multipropriedade, Caio Calfat, conta que a modalidade já registra 120 empreendimentos no país e movimenta mais de R$ 24 bilhões de Valor Geral de Vendas (VGV) de imóveis de posse compartilhada. Entre os anos de 2019 e 2020, o total era de 109 unidades e pouco mais de R$ 22 bilhões. “Esse modelo de negócio vem se mostrando resistente e muito promissor. Sobreviveu à crise imobiliária em 2017 e agora na pandemia. Desde quando foi iniciado, em 2009, esse mercado cresce em média 26% ao ano", diz Calfat.
Ele complementa que hoje estão surgindo novos destinos baseados em multipropriedade com foco em produtos de alto padrão direcionados à classe A/B. "Atingindo 60 cidades em 18 estados brasileiros, projetos de hotéis e resorts sofisticados agora alcançam pessoas com poder aquisitivo mais elevado", explica. Um dos empreendimentos que chega com este propósito é o Terra Santa Éden Resorts, em Trindade, a 30 quilômetros de Goiânia. O projeto da Planalto terá 63 apartamentos e bangalôs, todos com piscina privativa, seguindo um padrão de luxo inédito para a região, com spa e gastronomia. A expectativa da empresa é desenvolver 15 mil unidades pelo Brasil com o modelo de multipropriedade até o final de 2025.
Com relação ao registro do imóvel, Urbano explica que quando o bem é de multipropriedade, cada fração de tempo tem a sua matrícula individualizada. “Ou seja, existe uma matrícula “mãe” que trata apenas do imóvel como um todo e várias matrículas auxiliares divididas por fração de tempo e caracterizando o multiproprietário dessas frações”, orienta.