O Terra Santa Éden Resorts, em Trindade, a 30 quilômetros de Goiânia, terá 63 apartamentos e bangalôs - Divulgação
O Terra Santa Éden Resorts, em Trindade, a 30 quilômetros de Goiânia, terá 63 apartamentos e bangalôsDivulgação
Por O Dia
O mercado de multipropriedade imobiliária é uma das apostas do setor para este ano. Para quem ainda não conhece, o modelo de negócio permite que o interessado compre uma fração do imóvel, o que dá o direito de aproveitar o bem durante uma parte do ano. Ou seja, um mesmo imóvel poderá ter vários donos. Segundo especialistas consultados pela coluna, a grande vantagem da multipropriedade está em dividir o custo da manutenção pelos multiproprietários. É possível investir, por exemplo, na compra de frações de hotéis, resorts e até castelos.

O consultor e especialista no mercado de multipropriedade, Caio Calfat, conta que a modalidade já registra 120 empreendimentos no país e movimenta mais de R$ 24 bilhões de Valor Geral de Vendas (VGV) de imóveis de posse compartilhada. Entre os anos de 2019 e 2020, o total era de 109 unidades e pouco mais de R$ 22 bilhões. “Esse modelo de negócio vem se mostrando resistente e muito promissor. Sobreviveu à crise imobiliária em 2017 e agora na pandemia. Desde quando foi iniciado, em 2009, esse mercado cresce em média 26% ao ano", diz Calfat.

Ele complementa que hoje estão surgindo novos destinos baseados em multipropriedade com foco em produtos de alto padrão direcionados à classe A/B. "Atingindo 60 cidades em 18 estados brasileiros, projetos de hotéis e resorts sofisticados agora alcançam pessoas com poder aquisitivo mais elevado", explica. Um dos empreendimentos que chega com este propósito é o Terra Santa Éden Resorts, em Trindade, a 30 quilômetros de Goiânia. O projeto da Planalto terá 63 apartamentos e bangalôs, todos com piscina privativa, seguindo um padrão de luxo inédito para a região, com spa e gastronomia. A expectativa da empresa é desenvolver 15 mil unidades pelo Brasil com o modelo de multipropriedade até o final de 2025.
Lei 13.777/2018
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Segundo o corretor Raí Urbano, especialista no assunto, a Lei 13.777/2018 que regulamenta a multipropriedade imobiliária define o direito e os deveres dos proprietários desta modalidade. De acordo com a lei, o multiproprietário tem o direito de vender, ceder e doar a sua fração de tempo. A cota da multipropriedade pode ser, inclusive, penhorada por um credor sem prejudicar os outros multiproprietários. A lei também rege as regras para a manutenção do imóvel, além de tratar de temas como mudança da mobília e decoração da propriedade.

Com relação ao registro do imóvel, Urbano explica que quando o bem é de multipropriedade, cada fração de tempo tem a sua matrícula individualizada. “Ou seja, existe uma matrícula “mãe” que trata apenas do imóvel como um todo e várias matrículas auxiliares divididas por fração de tempo e caracterizando o multiproprietário dessas frações”, orienta.