Categoria tem mais de 50 mil profissionais ativos no estado. Do total, cerca de 32% são mulheresFreepik

Por Cristiane Campos
Hoje, Dia Internacional da Mulher, a coluna traz um dado que demonstra o aumento da presença feminina no setor imobiliário, em especial na profissão de corretor de imóveis. Pesquisa do Creci-RJ (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis) indica que, dos 2.722 novos profissionais em 2020, 1.234 são mulheres, o que representa cerca de 45% dos corretores. O percentual confirma a tendência de crescimento quando comparado aos resultados dos últimos dois anos: 40% em 2018 e 42% em 2019.

Segundo o conselho, atualmente a categoria tem mais de 50 mil profissionais ativos no estado. Desse total, cerca de 32% são mulheres. Para se ter ideia da evolução, há 10 anos elas representavam apenas 20% do número de corretores ativos. Já com relação ao cenário nacional, dados de dezembro de 2020 da Diretoria Nacional de Fiscalização do Sistema Cofeci-Creci, demonstram que a presença das mulheres na profissão é de 29%, dentro de um total de 413.861 corretores. “As mulheres são extremamente importantes para o progresso do país. Acompanhamos nos últimos anos um grande crescimento da participação feminina na corretagem. Estão com prestígio, ocupando cada vez mais cargos de liderança, se aprimorando e se destacando no mercado imobiliário”, comenta Manoel da Silveira Maia, presidente do Creci-RJ.
Mulheres do Imobiliário
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Aproveitando a data especial, a coluna destaca outra iniciativa que merece espaço: o grupo Mulheres do Imobiliário (mulheresdoimobiliario.com.br). O movimento tem como objetivos estimular a evolução do setor e dar mais visibilidade feminina na liderança. Desta primeira ação, surgiu o Amazonita Clube, núcleo estratégico formado por empresárias, empreendedoras e executivas do segmento. Do Rio de Janeiro, por exemplo, o grupo conta com a participação da CEO da Riooito Incorporações, Mariliza Fontes Pereira. E para marcar o novo ano, o Amazonita ouviu 98 profissionais (predominantemente mulheres) para identificar os assuntos que devem dominar a pauta em 2021. Entre eles estão:

- Impactos da pandemia da Covid-19 sobre o setor (69,2%).

- Cenário dos juros básicos da economia e efeitos sobre o mercado (61,5%).

- Volume e condições de concessão do crédito imobiliário (56,7%).

- Taxa de desemprego e grau de confiança do consumidor (49%).

- Rumos do programa Casa Verde e Amarela (41,3%).

Com relação às tendências para este ano, o estudo identificou:

- A importância de novos produtos imobiliários residenciais que ofereçam espaço para um ambiente de trabalho, e áreas de coworking, de higienização e de recebimento de delivery (76,7%).

- Continuidade no avanço da digitalização do setor (58,3%).

- Redução da área demandada por companhias em escritórios próprios e lajes corporativas tradicionais (52,4%).

- Aumento da demanda por espaços de trabalho mais flexíveis e mais próximos às residências dos moradores (51,5%).

- Aumento da demanda por imóveis logísticos bem localizados para atender à expansão do e-commerce (50,5%).

Já sobre os setores com melhores oportunidades de negócios e investimentos, a pesquisa revelou:

- Residencial/venda (58,8%).

- Fundos de Investimento Imobiliário (58,8%).

- Residencial/locação e renda (56,9%).

- Galpões, condomínios industriais e logísticos e self storage (38,2%).

- Loteamento (36,3%).