Os impactos do isolamento social e da crise econômica ajudaram a aumentar a inadimplência e os conflitos entre vizinhosPixabay

O isolamento social e a crise econômica, consequências da Covid-19, impactaram a vida de quem mora em condomínios. Para se ter ideia, as ações condominiais aumentaram 92,4% de janeiro a outubro na cidade do Rio na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 7.296 ações contra 3.792 em 2020. Já em 2019, o somatório dos 10 meses foi de 2.271. O levantamento foi feito pelo Centro de Pesquisa e Análise da Informação (Cepai) do Secovi Rio (Sindicato da Habitação), com base nos dados do Tribunal de Justiça do Rio.

De acordo com Maurício Eiras, coordenador do Cepai, na análise dos indicadores das ações condominiais de janeiro de 2019 a setembro de 2021, houve um aumento significativo de notificações após a pandemia. “Estes impactos resultaram em mais conflitos entre vizinhos e mais inadimplência, entre outros problemas”, ressalta Eiras.

Retomada das festas de fim de ano

E já que citamos os condomínios, com a ampliação das flexibilizações, os edifícios estão se preparando para a retomada das festas de fim de ano. Para evitar problemas, os síndicos e administradores devem estar atentos aos protocolos sanitários internos. De acordo com Bruno Gouveia, coordenador da Cipa Síndica, em caso de eventos em áreas comuns, o condomínio poderá solicitar aos convidados a comprovação da carteira de vacinação com duas doses, dose única e reforço.

Outra medida a ser adotada é a medição da temperatura na entrada e o uso de máscaras em ambiente fechado. Nas reuniões realizadas dentro dos apartamentos, o responsável pelo imóvel deverá avisar com antecedência à administração para evitar conflitos e reclamações. “Os síndicos deverão ter bastante bom senso. O importante é usar com rigor as regras condominiais e estar atento aos protocolos sanitários”, alerta Gouveia. Outras recomendações são os kits de álcool 70% (gel ou líquido) e as toalhas de papel para higienização. “Também é preciso ter ainda maior preocupação com a limpeza entre cada período de utilização, especialmente em relação a metais, assentos, mesas e bordas. Uma medida importante pode ser a redução da capacidade dos elevadores, salvo a utilização por usuários de uma mesma unidade”, orienta Gouveia.