Estudo aponta que dos brasileiros que exercem algum trabalho em casa, 35% contam com um cômodo exclusivo no lar e 26% utilizam um ambiente compartilhadoFreepik

Trabalhar em casa, cozinhar ou produzir produtos para venda foram as atividades mais citadas na pesquisa de opinião inédita encomendada pelo Loft Analytics, núcleo da plataforma imobiliária que dissemina análises sobre o setor. Segundo o estudo, a pandemia fez com que 30% da população economicamente ativa passasse a trabalhar de casa ou aumentasse o uso de seus lares para atividades profissionais. Foram ouvidas 1.500 pessoas, entre os dias 28 de fevereiro e 3 de março, em um painel representativo da população adulta do país, conduzido pela Offerwise.

Ao todo, 23% dos entrevistados afirmaram ter passado a trabalhar remotamente na pandemia e outros 7% disseram ter aumentado a frequência no período. A mudança de habito foi mais forte no Nordeste (38% começaram ou aumentaram o uso do lar para trabalho) e menos forte no Norte (19%). De acordo com o levantamento, das atividades para gerar renda que passaram a ser feitas em casa, o home office foi o mais citado (28%); seguido de cozinhar para vender (12%); venda de roupas/acessórios (12%); e realização de bazares e brechós (9%). "A pesquisa confirma que a partir da pandemia boa parte dos brasileiros adicionou ou intensificou atividades profissionais e de renda no espaço do lar", afirma o diretor de Comunicação da Loft, Ricardo Kauffman.

Cômodo exclusivo em casa para trabalho

Atualmente, 26% dos brasileiros afirmaram que trabalham de forma hibrida; 14% apenas remotamente; e 60% de forma totalmente presencial. No quesito classe social, 45% da A trabalha apenas presencialmente e o percentual das classes C e D/E é de 63% e 64%, respectivamente. Além de gerar renda para si, 19% dos brasileiros que trabalham em casa contam com a mão de obra de empregados para auxílio nas atividades do lar, seja eventualmente ou em tempo integral. E dos brasileiros que exercem algum trabalho em casa, 35% contam com um cômodo exclusivo dentro do lar. Já outros 26% utilizam um ambiente compartilhado.