Após quase dois anos, a taxa de imóveis vazios disponíveis para aluguel e à espera de um inquilino voltou ao patamar anterior à pandemia: 14,7%. Segundo estudo da Apsa, dos 16 bairros analisados, 14 continuam a se valorizar. Em fevereiro, por exemplo, o Leme foi o bairro onde o aluguel mais subiu. Já com relação ao mês de janeiro, os anúncios de imóveis estavam 8,86% maiores, chegando ao valor de R$ 43,86 o metro quadrado (m²) para aluguel. Ou seja, a locação mensal de um imóvel de 100 m² no Leme custa em média R$ 4.386. É uma tentativa de recuperação do ano anterior, em que o percentual na região aumentou apenas 3,98%.
De acordo com a pesquisa, o segundo bairro que mais subiu foi o Maracanã (8,22% o m², chegando a R 25,42). Um imóvel de 100 m² no bairro sai na faixa de R$ 2.542, quase a metade do valor do Leme. Em terceiro lugar está a Barra da Tijuca com 5,78%, o que significa que um apartamento de 100 m² na região é negociado a R$ 5.348, valor abaixo apenas do Leblon e Ipanema, que custam em média respectivamente R$ 7.267 e R 7.403 por mês no aluguel.
"O mercado de imóveis residenciais para locação no Rio de Janeiro vem tendo uma recuperação contínua, com aumento das unidades alugadas. A taxa média de vacância do mês de dezembro estava em 17,7%. E agora volta perto dos 14% verificados antes da pandemia. Esse resultado também vem de mais descontos e facilidades que os proprietários ofereceram para recuperar o mercado”, analisa Jean Carvalho, gerente geral de Imóveis da Apsa.
Locação com até três meses grátis
Área de lazer de condomínio no Méier que tem imóvel disponível no feirão da locaçãoDivulgação
Para quem está de olho em um imóvel para alugar com condições especiais, a Administradora Renascença oferece até o dia 28 de maio mais de 1 mil unidades com possibilidade de até três meses de aluguel grátis em um feirão nas lojas e nas redes sociais da empresa. A maioria dos imóveis residenciais, de acordo com Edison Parente, vice-presidente Comercial da administradora, é de apartamentos de dois e três quartos, com metragem média de 70 m2 e valores médios de R$ 700 a R$ 1.500. Já as salas comerciais têm tamanho médio de 30 metros quadrados e preços que vão de R$ 500 a R$ 2 mil. O prazo dos contratos pode variar entre 12 e 30 meses, dependendo do imóvel e do tipo de locação. As oportunidades estão em regiões como Jacarepaguá, Tijuca, Suburbana, Campo Grande, Botafogo, Copacabana, Flamengo, além da Baixada Fluminense.
Cuidados na negociação
O advogado Leandro Sender dá algumas dicas para uma negociação segura. A primeira delas é analisar com muito cuidado todo o contrato de locação, verificando as obrigações e os deveres de cada contratante. “Esta cautela tem como objetivo impedir a inclusão de cláusulas abusivas que coloquem o inquilino em uma posição de desvantagem. Sugiro também que seja analisado o prazo de vigência do contrato, valores e índices de reajustes, regras para desistência, garantia oferecida, obrigações e deveres de cada uma das partes e penalidades em caso de atraso no pagamento e rescisão antecipada”, ressalta Sender.
Outro ponto que merece atenção, de acordo com o especialista, é a necessidade de uma minuciosa vistoria do imóvel. “Antes de alugar o imóvel, é importante apontar todos os defeitos visíveis existentes. Assim tratando-se de locação, o proprietário deve se responsabilizar por sanar todos estes vícios. Os principais itens que merecem atenção são vazamentos, pontos de mofo, infiltrações, estado das louças e eventuais móveis, janelas, pintura e sistema hidráulico e elétrico”, explica o advogado.
Além disso, ele orienta que o interessado deve pesquisar bem o imóvel, analisando a quantidade de vagas de garagem vinculada à unidade, a existência de área de lazer e o valor da cota condominial. “Vale também pesquisar sobre a vizinhança de uma maneira geral, verificando trânsito, segurança e comércio nas proximidades”, recomenda Sender.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.